O Dia do Conselheiro Tutelar será celebrado nacionalmente na quarta-feira (18), mas as comemorações em Parauapebas já foram iniciadas na manhã desta terça-feira (17) em uma reunião com técnicos da assistência social no Plenarinho da Câmara Municipal. A programação prossegue até o dia 20.
O evento desta terça-feira, conforme a coordenadora do Conselho Tutelar de Parauapebas, Maraisa Dias, foi direcionado a falar com a rede de apoio, mas a pauta incluiu também reuniões com setores da saúde e educação.
Ao Correio de Carajás ela ressalta a importância de a sociedade ter a visão correta sobre as atribuições do profissional conselheiro tutelar, até mesmo para acionar o órgão nos serviços que de fato são prestados.
Leia mais:“Muita gente liga para o Conselho porque o filho não quer obedecer, mas nós não resolvemos a rebeldia do filho”, explica, afirmando que, entretanto, alguns casos são encaminhados para a rede de atendimento. “O Conselho é garantidor de direitos da criança e do adolescente e nós trabalhamos para que todos os serviços possam seguidos conforme a lei”, destacada a coordenadora.
Os atendimentos presenciais são, na maioria das vezes, feitos pelos pais ou responsáveis das crianças e dos adolescentes. Já por telefone, são sempre denúncias anônimas.
Os atendemos incluem “situações conflituosas de família” e, muitas vezes, um problema leva a outras descobertas que podem explicar uma mudança de comportamento, por exemplo. “Talvez a família não se entende porque a criança pode estar sofrendo abuso sexual ou sofrendo agressão física e a família não sabe”, relata. Casos como esse recebem o acompanhamento dos profissionais necessários.
A coordenadora pondera que ainda há muito para desmistificar sobre as funções no trabalho do conselheiro, mas comemora que no município já houve grande avanço. Antigamente a entidade atuava enquanto conselho-polícia, mas ela lembra que não foi criada para isso.
Como exemplo, Maraisa, relata que não é atribuição do conselho o atendimento a um garoto de 12 anos que cometeu um ato infracional, mas da polícia em fazer a autuação e do juiz aplicando medidas socioeducativas.
Uma das vitórias no município, ressalta, foi a reforma do prédio do órgão “que estava caindo aos pedaços”, conforme destaca a coordenadora. O prédio era antigo e possuía problemas estruturais. (Theíza Cristhine)