Dois jovens acusados de envolvimento em ações criminosas foram mortos na madrugada desta quarta-feira, 22, em confronto com uma guarnição do Grupamento Tático da Polícia Militar (GTO). A refrega aconteceu em uma quitinete localizada na Rua São Lázaro, no Bairro Betânia, em Parauapebas.
Uma das vítimas é Carlos Henrique Machado Silva, de 17 anos, conhecido como “Carlim” ou “Pernalonga”. O outro baleado ainda não havia sido identificado até a manhã desta quarta-feira, 22.
De acordo com a Polícia Militar, por volta de 23h30, a guarnição do GTO recebeu denúncia anônima que “Carlim”, considerado extremamente perigoso e membro da facção criminosa Comando Vermelho (CV), com mandado de apreensão em aberto, estava em uma quitinete no Bairro Betânia.
Leia mais:Ainda de acordo com a denúncia repassada, ele portava uma pistola calibre 40. Com base nessa informação, por volta da 01h10, a guarnição se deslocou ao endereço.
O portão do condomínio, segundo a polícia, estava aberto e os policiais entraram no local.
No primeira quitinete, do lado esquerdo, eles observaram conversas e movimentações estranhas dentro do imóvel.
Por uma fresta da janela, os policiais viram que havia dois homens armados com pistolas. Seguindo o protocolo de segurança, eles se identificaram como policiais e deram voz de prisão, mas foram recepcionados à bala.
Houve revide, com quatro disparos realizados contra os acusados, que foram atingidos e caíram.
Segundo a Polícia Militar, logo em seguida, os policiais entraram em contato com o Centro de Comando Operacional (CCO) informando a situação com a finalidade de socorrer os dois feridos com urgência. Momentos depois outra guarnição deu apoio e os dois foram levados para o Hospital Municipal, onde a equipe médica que os atendeu constatou os óbitos.
Em posse dos dois acusados foram encontradas duas pistolas de usos restrito, sendo uma .40 com numeração raspada, mas com o brasão da Polícia Militar, que estava com “Carlim”; e outra .40, que também estava com numeração raspada e não estava brasonada. As armas foram apresentadas na 20ª Seccional Urbana de Parauapebas, para os devidos procedimentos.
De acordo com um vizinho do condomínio de quitinetes, um dos acusados tinha conversado com ele, dizendo que ambos iam se mudar. “Eu fiquei acordado até 22 horas e não vi eles se mudarem. Eu fui dormir e já acordei com barulhos de tiros, mas também não abri a porta por precaução”, disse a testemunha, que não quis se identificar.
Segundo o comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar, major Gledson Melo dos Santos, um dos acusados morto em confronto com o GTO, “Carlim”, já vinha sendo investigado pela corporação por aparecer em várias situações envolvendo ações de facção na cidade. Ele destaca que diante dos crimes envolvendo facções, as investigações se intensificaram para identificar e prender os membros desses grupos criminosos, que estão envolvidos em crimes bárbaros tendo como vítimas adolescentes.
O comandante detalha que após os policiais receberam a informação que o acusado estava nesse quitinete, foi feita a abordagem e ele, junto com o comparsa, reagiram e houve a intervenção, onde ambos acabaram mortos.
“A Polícia Militar está trabalhando e onde temos a informação que há faccionados estamos indo e prendendo para tentar cessar esses crimes bárbaros que vem ocorrendo entre adolescentes”, frisou o major.
Quanto aos crimes em que “Carlim” estaria envolvido, o comandante ressaltou que isso vem sendo investigado pela Polícia Civil, mas o certo é que ele era membro de facção. O major também disse não saber se a vítima tinha mudado naquele dia para a quitinete onde morreu. “Essa informação eu não sei, mas o certo é que ele era de Parauapebas e era faccionado”, afirma o comandante. (Tina Santos – Com informações de Ronaldo Modesto)