Em entrevista coletiva em Parauapebas ontem, quarta-feira (13), o comandante geral da Polícia Militar, coronel Hilton Benigno, foi categórico em afirmar que o Brasil vive uma guerra urbana não declarada. Segundo ele, os números de homicídios por ano são maiores que as mortes que acontecem em muitas guerras.
O comandante chegou à cidade em meio a onda de violência desencadeada após a morte do cabo da Polícia Militar, Raimundo Nonato Oliveira de Sousa, que era conhecido em Parauapebas por Santarém, de 51 anos. Ele destacou que um inquérito policial militar foi aberto para apurar a morte do cabo.
“A morte do cabo Nonato não vai ficar impune. Vamos trabalhar para identificar e prender os acusados”, espera o comandante, dizendo que foi designada uma equipe com oito policiais do Comando de Missões Especiais (CME) e mais uma equipe da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) para ajudar nas investigações.
Leia mais:Ele observa que a principal linha de investigação é que o cabo foi morto, por ser policial. Sobre as mortes que ocorreram após a morte do policial, ele diz que se no decorrer do inquérito, houver algum indício de participação de PMs nesses crimes, será aberto outro inquérito para apura o caso, como aconteceu em Belém, nas 21 mortes que aconteceram em janeiro deste ano, após o assassinato de um policial.
O comandante pontuou que naquele caso, no decorrer do inquérito para apurar a morte do PM, o encarregado do inquérito começou a ver conexões entre essas mortes com a do policial. Foi instaurado outro inquérito e no bojo desse inquérito se encontrou fundadas suspeitas de participação de policiais militares nesses crimes.
Com base nisso, foram requeridos mandados de prisão e buscas e apreensão. “Esse é o caminho a ser seguido”, frisou Hilton.
Questionado sobre os números alarmantes da violência em Parauapebas, ele justificou que essa é uma realidade em todo o País. “Nós vivemos em um País em guerra”, argumentou, dizendo que o Brasil é o país onde mais morre policial, em um cenário típico de guerra.
Segundo comandante, anualmente são registrados uma média de 60 mil homicídios, 1,5 milhão de carros roubados, 45 mil casos de estupros, sem contar o grande número as mortes de policiais. E o país ainda tem mais um agravante, detalha, que é a interiorização do crime.
Ou seja, boa parte dos crimes ocorre em cidades do interior. Para ele, é preciso mudar a legislação brasileira, para tentar reverter essa realidade, que está extremamente grave.
Na avaliação dele, a flexibilidade e as muitas brechas da lei vêm alimentando a indústria da violência. Ele deu como exemplo que, na semana passada, em Belém, um assaltante foi preso pela 11ª vez.
“Não duvido nada que o cabo Santarém tenha sido morto por alguém que ele prendeu e que já estava em liberdade”, ressaltou.
De acordo com Hilton, no ano passado as polícias Civil e Militar realizaram mais de 19 mil prisões que resultaram em encarceramento, sem contar aquelas prisões que tiveram alvará de soltura durante as audiências de custódia. “Foram mais de um milhão de abordagens realizadas em todo o Estado e mais de 3,5 mil armas apreendidas. Nós estamos trabalhando”, argumenta o comandante. (Tina Santos com informações de Ronaldo Modesto)
Em entrevista coletiva em Parauapebas ontem, quarta-feira (13), o comandante geral da Polícia Militar, coronel Hilton Benigno, foi categórico em afirmar que o Brasil vive uma guerra urbana não declarada. Segundo ele, os números de homicídios por ano são maiores que as mortes que acontecem em muitas guerras.
O comandante chegou à cidade em meio a onda de violência desencadeada após a morte do cabo da Polícia Militar, Raimundo Nonato Oliveira de Sousa, que era conhecido em Parauapebas por Santarém, de 51 anos. Ele destacou que um inquérito policial militar foi aberto para apurar a morte do cabo.
“A morte do cabo Nonato não vai ficar impune. Vamos trabalhar para identificar e prender os acusados”, espera o comandante, dizendo que foi designada uma equipe com oito policiais do Comando de Missões Especiais (CME) e mais uma equipe da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) para ajudar nas investigações.
Ele observa que a principal linha de investigação é que o cabo foi morto, por ser policial. Sobre as mortes que ocorreram após a morte do policial, ele diz que se no decorrer do inquérito, houver algum indício de participação de PMs nesses crimes, será aberto outro inquérito para apura o caso, como aconteceu em Belém, nas 21 mortes que aconteceram em janeiro deste ano, após o assassinato de um policial.
O comandante pontuou que naquele caso, no decorrer do inquérito para apurar a morte do PM, o encarregado do inquérito começou a ver conexões entre essas mortes com a do policial. Foi instaurado outro inquérito e no bojo desse inquérito se encontrou fundadas suspeitas de participação de policiais militares nesses crimes.
Com base nisso, foram requeridos mandados de prisão e buscas e apreensão. “Esse é o caminho a ser seguido”, frisou Hilton.
Questionado sobre os números alarmantes da violência em Parauapebas, ele justificou que essa é uma realidade em todo o País. “Nós vivemos em um País em guerra”, argumentou, dizendo que o Brasil é o país onde mais morre policial, em um cenário típico de guerra.
Segundo comandante, anualmente são registrados uma média de 60 mil homicídios, 1,5 milhão de carros roubados, 45 mil casos de estupros, sem contar o grande número as mortes de policiais. E o país ainda tem mais um agravante, detalha, que é a interiorização do crime.
Ou seja, boa parte dos crimes ocorre em cidades do interior. Para ele, é preciso mudar a legislação brasileira, para tentar reverter essa realidade, que está extremamente grave.
Na avaliação dele, a flexibilidade e as muitas brechas da lei vêm alimentando a indústria da violência. Ele deu como exemplo que, na semana passada, em Belém, um assaltante foi preso pela 11ª vez.
“Não duvido nada que o cabo Santarém tenha sido morto por alguém que ele prendeu e que já estava em liberdade”, ressaltou.
De acordo com Hilton, no ano passado as polícias Civil e Militar realizaram mais de 19 mil prisões que resultaram em encarceramento, sem contar aquelas prisões que tiveram alvará de soltura durante as audiências de custódia. “Foram mais de um milhão de abordagens realizadas em todo o Estado e mais de 3,5 mil armas apreendidas. Nós estamos trabalhando”, argumenta o comandante. (Tina Santos com informações de Ronaldo Modesto)