Correio de Carajás

“Papo Liberta’ envolve mais de 300 educadores para discutir violência sexual contra menores

No segundo semestre de 2019, a Buritirama Mineração promoveu a vinda do Instituto Liberta, de São Paulo para o Pará, com o objetivo de iniciar uma série de ações de combate à violência sexual e a naturalização da exploração sexual. O instituto realizou um programa denominado “Papo Liberta”, que consiste em rodas de conversa com os professores, levando conhecimento, buscando inserir estratégias de engajamento que sejam eficazes na redução dos índices deste crime que afeta tantas crianças e jovens em todo o país e tem números ainda mais alarmantes no Estado.

Devido à necessidade da ampliação do programa, a convite do Governo Estadual e em parceria com o Tribunal de Justiça, o projeto, patrocinado pela Buritirama, também tem sido levado à capital, Belém, e Região Metropolitana. Em novembro, todas as escolas foram convidadas a participar da formação. No total, 347 servidores da educação passaram pelas rodas de conversa, com o objetivo de engajar pessoas para aumentar a rede de enfrentamento do problema.

A diretora adjunta do Liberta, Cristina Cordeiro, reuniu diretores, coordenadores, professores e técnicos da gestão escolar para falar sobre a importância do fortalecimento da comunidade e das escolas para como lugares de proteção para crianças e adolescentes. Os profissionais também receberam o material informativo de apoio à campanha e aprenderam a identificar possíveis vítimas, as diferenças entre abuso e exploração sexual e o que prevê a legislação para quem comete esse crime.

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Ao final da segunda etapa do projeto, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) avaliou a atuação e metodologia do Instituto Liberta como excelentes e deu destaque ao relatório para o conhecimento ímpar partilhado com os profissionais da área. As escolas do entorno da mina da Buritirama, localizadas nas vilas Santa Fé, Três Poderes e União, foram as primeiras a receberem o “Papo Liberta” e o material de conscientização.

Além disso, mais de 800 colaboradores da empresa tiveram acesso às informações sobre esse crime e foram recrutados para atuarem no combate ao problema. “É muito importante falarmos sobre isso, levando conhecimento e conscientização à população. Quando nossas crianças estão em risco, esse é um problema de todos nós. Por isso, a Buritirama Mineração faz questão de declarar sua intolerância e atuar ativamente no enfrentamento desse crime”, explica o diretor administrativo e de recursos humanos, Jorge Baptista.

“É difícil imaginar o sofrimento de crianças e adolescentes envolvidos na exploração sexual, talvez porque eles não demonstrem, mas as consequências são desastrosas”, ressalta Cristina Cordeiro.

Durante o cronograma do projeto, relatos desses casos mobilizam os participantes e esclarecem sobre a importância da denúncia. Os próximos passos da parceria preveem a realização do Papo Liberta com os professores de mais escolas do interior do Pará e ações com os alunos das escolas de Marabá e Belém, por meio do Programa “Tá na Hora”. (Divulgação Buritirama)