Um pai foi condenado por falso testemunha em um processo sentenciado pelo juiz Marcelo Andrei Simão Santos, titular da 2ª Vara Criminal de Marabá, após mentir para defender o estuprador da filha, à época do crime com apenas cinco anos. O nome do pai será mantido em sigilo para não expor a vítima do caso.
Em outubro de 2016, Edimilson de Oliveira Lima foi condenado a mais de oito anos de reclusão pelo estupro da criança, de quem era vizinho. Após a condenação, o Ministério Público Estadual moveu ação penal contra o pai da vítima por falso testemunho.
De acordo com a denúncia, o pai prestou depoimento em sede policial afirmando que havia conversado com a filha sobre a suspeita do abuso sexual em questão e acrescentou ter ouvido da criança que ela havia sofrido abusos de Edimilson.
Leia mais:Posteriormente, entretanto, ao prestar novo depoimento ao Poder Judiciário, o pai negou os fatos, afirmando que a acusação contra Edimilson havia sido inventada pela população. Acontece que duas outras testemunhas confirmaram que o pai havia apresentado outra versão na delegacia.
O Ministério Público defendeu que o pai apresentou a visível a intenção posterior de inocentar Edimilson. Na ação por falso testemunho, o pai acabou afirmando que mudou a narrativa porque Edimilson sempre havia sido bom para a família, inclusive a ajudando financeiramente em momentos de dificuldade.
Pelo caso, o pai foi sentenciado a dois anos de reclusão, convertidos em pagamento de prestação pecuniária no valor de R$ 2 mil a uma Entidade Pública e a prática de 730 horas de serviços comunitários. Ele ainda pode recorrer da sentença.
(Luciana Marschall)