Correio de Carajás

Os desafios do novo “chefe”

Durante reunião com policiais e com a Imprensa na manhã desta sexta-feira (18), em Marabá, o novo delegado-geral de Polícia Civil no Estado do Pará, Alberto Teixeira, elencou algumas dificuldades que terá pela frente, sobretudo nas regiões sul e sudeste do Pará. Os problemas passam tanto pelas características deste recorte geográfico da Amazônia quanto pelas próprias dificuldades que a instituição enfrenta.

Entre os desafios elencados como prioridade, Alberto Teixeira citou o tráfico de drogas, homicídios, milícias e facções, os mesmos problemas detectados na Zona Metropolitana de Belém. “Aqui tem tudo isso e um plus a mais. Nós temos um problema sério da questão agrária e ainda as quadrilhas que assaltam bancos na modalidade vapor, então temos essa dificuldade maior”, observa o novo delegado-geral, acrescentando que muitas quadrilhas são interestaduais, o que requer ainda mais esforço por parte da Polícia Judiciária.

Uma saída para fazer frente a esses crimes é justamente trabalhar com inteligência e lançando mão das ferramentas tecnológicas que a Polícia Civil dispõe. Mas nesse particular reside o outro grande desafio de Teixeira e seus comandados: falta pessoal para isso.

Leia mais:
Delegado-geral Alberto Teixeira elencou os desafios que terá pela frente e apontou soluções/ Foto: Evangelista Rocha

DÉFICIT

Segundo Alberto Teixeira, o quadro da Polícia Civil hoje no Estado do Pará é de 3.324 policiais, o que já é um número considerado abaixo do ideal, até porque sempre há servidores de férias, ou de licença, o que diminui ainda mais o material humano. Há ainda outra preocupação maior.

O delegado-geral disse que outro grande problema é que existem hoje 406 policiais aptos a se aposentar nos próximos meses, o que reduzirá o efetivo da Civil em mais de 10%. Mas Alberto Teixeira não se limitou a elencar problemas. Há soluções à vista.

A luz no fim do túnel, que inclusive já foi apresentada ao governador Helder Barbalho é chamar o excedente do último concurso público. Segundo Teixeira, Helder já acenou de forma positiva para essa saída encontrada, pois ela representa um aumento de 500 servidores no efetivo da Polícia Civil. O governo aguarda apenas um parecer da Procuradoria Geral do Estado, pois é preciso também evitar algum tipo de crime de responsabilidade fiscal na convocação desses servidores.

(Chagas Filho)