Correio de Carajás

Orlando Morais lança, nesta sexta, seu 1º livro de crônicas

Será lançado na noite desta sexta-feira (8), a primeira obra literária de Orlando Morais, educador de grande prestígio em Marabá e que atua na direção de Ensino da Secretaria Municipal de Educação. Seu livro, “Andarilho Cego” é composto por 19 crônicas e terá sua apresentação formal no Gold Eventus, localizado no bairro liberdade.

Orlando abriu o coração ao Correio de Carajás sobre seu primeiro livro e contou que se trata de pequenas histórias que, a priori, qualquer leitor se sentirá pertencente a elas, uma vez que se desafiou a escrever uma obra que tivesse uma linguagem tão simples ao ponto de ser lida por pessoas com conhecimentos extremos, desde o doutor até um simples campestre.

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Ele contou também que, nos últimos tempos, com o advento da pandemia e a reclusão em casa, surgiu a inspiração de produzir e reunir pequenos textos para constar neste livro. “Me baseei na convivência com colegas rurais, que através de suas linguagens simples e de seus jogos de baralho aos fins de tarde, me fizeram refletir sobre a criação de uma obra onde houvesse a fuga de uma linguagem tão culta e rebuscada como a maioria está acostumada”, explica o pedagogo.

Na visão de Orlando Morais, a leitura é uma janela de oportunidades, abre mundos para que a gente veja muitas coisas. Eu quero muito conversar com as pessoas que não gostam de ler. Eu quero provocar esse sujeito para que ele ao ler o texto se sinta dentro do texto e que esse texto o provoque a melhorar suas atitudes, mas se perceber como ser que precisa praticar a humanidade.

O nome do livro, segundo o próprio autor, vem do fato de que todos nós somos andarilhos, independente da estrada física. “Somos itinerantes de sentimentos, andamos todos os dias em estradas de emoções, e são eles que formam a textura do que somos, a raiva, a alegria, o ódio, a tristeza. A viagem da obra é, portanto, essa tentativa de fazer as pessoas caminharem”.

Orlando Morais destaca que produziu cada crônica numa espécie de convite às pessoas que não têm o hábito de ler e se assustam com o rebuscamento de certas obras literárias, como por exemplo os alunos que têm livros à disposição, mas muitas vezes não possuem a disposição de ler por essa forma de preconceito”, diz ele.

O conjunto de “crônicas caseiras”, como ele mesmo denomina, foi finalizado e o livro impresso em fevereiro deste ano, mas Orlando esperou até abril para que o lançamento fosse na semana do aniversário da cidade, e ele pudesse apresentar seu manuscrito como uma homenagem a todos os marabaenses. “O livro tem temas caseiros que não seguem nenhum tipo de linearidade, mas trata da cegueira humana, a falta de afeto, amor e textos que se comunicam pela intencionalidade”.

A obra fica à venda em Marabá, fisicamente, somente durante o lançamento, mas está disponível para compra online no site das Americanas, Amazon, Shoptime e Submarino, aos que se interessarem e não puderem comparecer à apresentação.