A advocacia paraense está com os olhos voltados à decisão que vai garantir a nomeação do próximo membro do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), em substituição ao desembargador Milton Nobre, que acaba de se aposentar. A escolha será pela regra do quinto constitucional, que desta vez dá prerrogativa a indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O experiente advogado marabaense Odilon Vieira deverá ser um dos nomes nessa disputa.
Odilon esteve na Redação do CORREIO, onde confirmou que é pré-candidato. “Nosso nome estará a disposição da classe, quando do lançamento do edital. O objetivo é fazer um grande projeto coletivo, teremos oportunidade de dialogar de forma sóbria com a advocacia notadamente da região do Carajás que há tempos sofre com a ausência de estrutura digna na rede de proteção aos direitos do nosso povo”, comentou o causídico.
Odilon vê grande possibilidade desta região do interior do Estado finalmente ter um representante nessa corte de Justiça.
Leia mais:A vaga que surgiu é destinada ao quinto constitucional da advocacia, com as indicações feitas pela Seção Pará da OAB. Uma primeira votação escolhe 12 advogados; a segunda etapa é o conselho da OAB escolher seis e depois o Tribunal de Justiça escolhe três, entre esses seis que vêm da OAB. E quem faz a escolha final é o governador do Estado.
Ao advogado candidato à vaga do quinto constitucional, é exigido como requisito: ter, no mínimo, mais de dez anos de carreira de efetiva atividade profissional, notório saber jurídico e ser de reputação ilibada.
O desembargador Milton Nobre foi escolhido pelo mesmo critério, sendo oriundo da advocacia e tendo sido nomeado pelo então governador Almir Gabriel em dezembro de 1999. Ele se aposentou no último mês de outubro.
“Penso que minha pré-candidatura reúne atributos de cooperação para resolução dos conflitos sociais. É o momento de ouvir os colegas, e principalmente a jovem advocacia que enfrenta grandes desafios. Faz-se indispensável que os colegas avaliem os nomes que vierem a se apresentar, e tenham cuidados com aqueles que busquem rusgas em redes sociais, desprezam o nome e a imagem da OAB, e abdicam da construção de projetos coletivos”, declarou em entrevista. (Thays Araújo)