Correio de Carajás

Obras do “Asdrubão” seguem a todo vapor

Possivelmente no segundo semestre deste ano, Marabá poderá inaugurar seu novo estádio municipal (primeira parte da obra). Orçado em R$ 7,3 milhões, o novo palco do futebol profissional deveria ter sido concluído, mas devido a pandemia e outros entraves, o cronograma teve de ser alterado, mas agora os trabalhos foram retomados.

Localizado na margem esquerda da BR-230 (Transamazônica), na altura do Km 8, na Vila São José, o estádio já tem nome: Arena Itacaiúnas Asdrúbal Bentes, o “Asdrubão”, em homenagem ao saudoso político que militou muito na área do esporte.

O bloco de arquibancadas será coberto e haverá camarotes, cabines de Imprensa e copa climatizada/Fotos: Evangelista Rocha

A arena terá inicialmente capacidade para abrigar apenas 3 mil pessoas, toda devidamente sentadas e com espaço de distanciamento confortável, conforme prevê o chamado padrão FIFA – Federação Internacional de Futebol.

Leia mais:

E não é só isso: o novo estádio terá espaço para seis cabines de Imprensa, camarotes, copa climatizada, sala de Imprensa, espaço para fisioterapia e já está com um elevador devidamente instalado, para garantir maior acessibilidade para quem usará a área dos camarotes e da Imprensa.

A parte dos camarotes, da copa e do elevador já está bem adiantada

Além disso, uma rampa também garantirá acessibilidade, além de contar com um espaço generoso para estacionamento. Resumindo: Marabá terá finalmente um estádio de futebol digno para o tamanho da cidade e da região. Somente em Marabá, existem dois times profissionais: Águia e Gavião; e em Itupiranga, há um, que leva o nome da cidade.

A fase da instalação do piso de ganitina já foi devidamente executada

Primeiro bloco

Vale dizer que esse bloco que concentra todos esses espaços de funcionamento do estádio corresponde a apenas um dos quatro lados do retângulo. Os outros três lados estão murados e neles foi construído uma espécie de corredor por onde os torcedores poderão circular livremente, mas não há arquibancadas.

As informações sobre o novo estádio foram repassadas pelo engenheiro civil do município, Alex Amoury, fiscal da obra; Lorrany Marques, engenheira civil da construtora Quebeq (responsável pela construção); e Aenos de Oliveira, engenheiro eletricista, também integrante do quadro da construtora.

Em andamento

Segundo Alex Amoury, a cobertura metálica, que terá 19 treliças, será instalada possivelmente na semana que vem, mas isso depende da chegada das telhas metálicas. Além disso, outras frentes de trabalho já estão avançando.

“A terraplenagem (do campo de jogo) já foi feita, a drenagem já está pronta; o próximo passo a ser feito será a irrigação e aparte da grama… de tudo que a FIFA exige, vamos tentar fazer o máximo possível”, explica Alex Amoury.

Alex Amoury: “Apesar do que aconteceu, nós estamos andando bem”

Ainda de acordo com ele, a parte da verba que depende da prefeitura (cerca de R$ 1 milhão) já está garantida e o que é possível ser feito está sendo. “O estádio, em si, nessa parte que foi contemplada, todo revestimento cerâmico já foi colocado, as louças, os pisos de ganitina também foram executados, a parte hidráulica, então está bem avançada, está em torno de 55% da obra. Eu acho que, apesar do que aconteceu no ano passado, nós estamos andando bem”, afirma.

Vale dizer ainda que o estádio vem dotado com duas passagens para a entrada de ambulâncias, conforme exigências da FIFA.

Operários estão trabalhando a todo vapor na confecção das 19 treliças

Entraves

Responsável pelo acompanhamento de medição e controle geral da obra, a engenheira Lorrany Marques reitera que o cronograma sofreu atrasos devido à pandemia, o que provocou inclusive redução do quadro de funcionários. Mas também houve atrasos nos repasses federais e também problemas na aquisição de materiais, que estavam em falta no mercado no final do ano.

Lorrany Marques relata entraves que impediram a conclusão da obra

Segundo ela, a empresa já chegou a manter 40 funcionários, mas hoje somente 25 estão no canteiro de obras, até porque os serviços vão diminuindo à medida que a obra vai sendo concluída, conforme o cronograma.

98 refletores

À frente da gestão do sistema elétrico, Aenos de Oliveira, engenheiro eletricista, explica que uma obra dessa envergadura abrange quesitos como telecomunicação, sistema de potência (instalação de subestação, cabeamento de condutores da rede) e a parte iluminotécnica e elétrica de automação (elevador, que já está instalado, inclusive).

O profissional observa que a parte elétrica caminha em conjunto com a parte de engenharia civil, de modo que o próximo passo agora será fazer a instalação da iluminação do campo e também iluminação externa e depois todo o sistema será submetido a testes rigorosos.

Aenos de Oliveira detalha como será o sistema de iluminação da arena

Ele detalhou como será feita uma das partes mais fascinantes de um grande estádio de futebol: a iluminação. “A gente utiliza cabeamento elétrico, os refletores de alta potência, que no caso são de vapor metálico de 2.000 watts; nesse estádio, ele (o sistema) vai ser composto de 98 refletores, sendo 52 nas arquibancadas e o restante (46) nos postes nas áreas externas… Uma das adaptações que ficou legal pra esse estádio vai ser a questão do placar eletrônico, que vai passar a ser de led, então vai trazer uma modernidade a mais para o estádio”, observa. (Chagas Filho)