O que preocupa grande parte dos torcedores do Flamengo, nesta reta final de Brasileirão, não é o fato de o time estar a 13 pontos do líder faltando 12 jogos para o Rubro-Negro, tampouco a queda de rendimento quando o time joga sem metade dos titulares. O que mais preocupa é o fato de que o treinador parece já ter jogado a toalha. A entrevista coletiva de Renato Portaluppi, ao final do jogo, é simplesmente decepcionante. Parece até que são dois Renatos: um quando dá tudo certo e outro quando a barca fura.
As mesmas desculpas
Quando o time ganha, Renato enaltece a força do elenco. Quando perde, reclama dos desfalques devido a lesões e convocações. É sempre a mesma coisa. Não muda! Além do mais, frases como “quem muito quer, nada tem”, passam o recado de que Renato (com aval da diretoria do Flamengo) vai priorizar as copas, o que é uma falha gravíssima.
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Mudou o discurso
Antes de treinar o Flamengo, Renato Gaúcho, no comando do Grêmio, dizia que se tivesse um time de “Duzentos milhões”, ele teria obrigação de apresentar um futebol bonito. “Se um dia a diretoria do Grêmio me disser assim ‘olha, Renato, você tem duzentos milhões pra contratar, aí sim vocês podem me cobrar futebol bonito’”. Pois é, né! E agora, Renato? Cadê o futebol bonito?
Galo forte e vingador
Enquanto isso, o Clube Atlético Mineiro segue firme no propósito de voltar a ser campeão brasileiro, 50 anos depois do único título. O “Galo” é regular, perde pouco, tem maturidade e foco. Mesmo quando joga mal, o time não se desespera e tem muitos bons valores individuais que podem desequilibrar uma partida. É bem parecido com o Flamengo, com a diferença de que, quando o time mineiro está desfalcado, os reservas têm ido bem. Não se pode dizer o mesmo em relação ao Flamengo. Renê não vem bem, assim como Gustavo Henrique e Thiago Maia
E o Timão?
O Corinthians vem escalando, devagar, seu lugarzinho na Libertadores de 2022. Se o time der liga, pode dar muito trabalho. Mas a diretoria precisa entender que está na hora de renovar o elenco.