Correio de Carajás

O Brasil precisa se unir e aceitar o resultado das urnas

Neste domingo (2), cada um e todos os eleitores do País (nascidos aqui ou naturalizados) terão o direito e o dever de ir às urnas depositar seu sufrágio nos nomes e números que, para si, representam melhorias na nossa política.

Mas, para além de comparecer às cabinas de votação, é preciso que todos compreendam a importância do momento.

Quando me refiro a importância, falo não apenas do ato em si de apertar o verde para confirmar.

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Refiro-me a importância de compreender que se trata de um processo democrático e que precisa ser respeitado como tal. Ganhe quem ganhar, perca quem perder, é preciso que o brasileiro (por menos esclarecido que muitos sejam) compreenda que a democracia se faz assim: cada um com o mesmo peso fazendo suas escolhas.

União

Diante disso, um ponto que precisa de reflexão por parte do povo brasileiro é quanto à necessidade de união. A crise político-ideológica, sempre latente, mas massificada no País desde 2016, vem ganhando contornos cada vez mais visíveis, a ponto de fazer o diálogo praticamente desaparecer. E isso não é bom. É péssimo!

O Brasil jamais avançará dessa forma.

Não quero dizer com isso que as pessoas precisam pensar da mesma forma. Seria impossível, mas é preciso respeitar a fronteira do outro, seus limites, sua fronte mesmo. Parafraseando Eduardo Galeano, é preciso que o brasileiro enxergue seu semelhante como uma esperança e não como uma ameaça.

Chega de mortes, chega de brigas, chega de guerra. O País precisa de diálogo, ganhe a eleição quem ganhar, perca a eleição quem perder.

Processo eleitoral

Mas, para isso, é preciso respeitar o resultado das urnas, porque é o único resultado oficial que existe no País. Enquetes em redes sociais, manifestações lotadas e bravatas na rede social não servem para nomear políticos; servem para demonstrar a força que muitos têm em determinadas plataformas, mas isso não é o bastante. É o voto que manda.

Nesse contexto, o sistema de votação por meio das chamadas urnas eletrônicas é o que temos há mais de duas décadas e será por meio dele, sim, que os votos serão computados. E o resultado precisa ser aceito!

Nenhum eleitor, de 16 anos até mais de 70, tem o direito de se comportar como criança e supor que seu candidato perdeu porque houve fraude no sistema.

Tenho andado no Fórum Eleitoral de Marabá e perguntado, mais de uma vez, para os profissionais que fazem o dia-a-dia da Justiça Eleitoral, sobre a lisura do sistema. É nítida a indignação e o desconforto deles quando o processo é colocado em xeque, sobretudo porque a desconfiança é pautada em nada! Apenas no achismo, ao passo em que eles se esmeram todo santo dia para fazer o processo acontecer sem percalços e de forma transparente.

Peguemos o exemplo de Marabá, onde nenhum representante da sociedade compareceu à cerimônia do lacre das urnas no Fórum Eleitoral. Que direito terão de questionar a lisura do processo? Direito nenhum!

 

Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.