Correio de Carajás

Nova frota de ônibus está prevista para mês que vem, estima Sintrarsul

A situação do transporte coletivo não melhorou muito nos últimos meses, mas a tendência é que uma luz no fim do túnel surja para os usuários até o começo de dezembro. Acontece que o contrato emergencial da empresa Integração Serviços e Locação EIRELI encerra no próximo dia 10 de novembro e, a partir daí, as determinações do contrato definitivo devem ser cumpridas, entre elas, a nova frota de 70 ônibus, sendo 25% climatizados.

Na manhã de terça-feira (3) o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Sul e Sudeste do Pará (Sintrarsul), Geraldo Dean, conversou com o Portal Correio e relatou que Marabá continua contando apenas com 20 ônibus circulando, devido à pandemia do novo coronavírus. A situação é amargada por constantes reclamações, enviadas por usuários do serviço para os canais de comunicação do Grupo Correio.

“Claro que essa quantidade de veículos não atende a população, porém, temos a previsão de que em dezembro a nova frota chegará, contando com veículos climatizados, creio eu, no começo de dezembro, conforme reza o edital”, prevê Geraldo.

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Geraldo reconhece que a quantidade de ônibus que circulam em Marabá não é suficiente para atender as 15 rotas constantes no contrato / Foto: Evangelista Rocha

A chegada desses ônibus foi prolongada, pois segundo o contrato emergencial, a Integração poderia estender o prazo por mais 60 dias, o que foi feito. Em relação à aquisição da nova frota, Geraldo explica que “a compra estava amarrada por conta da pandemia. Questão de chassis, carrocerias, tudo isso demorou, mas logo será concretizado, são apenas fatores burocráticos”, argumenta o presidente do sindicato.

Ainda segundo Geraldo, o diretor da empresa esteve em Marabá no mês de outubro para verificar a questão do subsídio solicitado para que continue operando de maneira definitiva. “O Clécio [proprietário da Integração] veio cobrar do prefeito se era possível subsidiar alguma coisa, para dar apoio ao sistema, pois se não houver, fica inviável. No contrato consta que é obrigação da Prefeitura zelar pelo equilíbrio econômico das empresas, pois se não houver esse equilíbrio, não há como prosseguir”, argumenta o presidente da Sintrarsul.

O Portal Correio tentou contato com o empresário da Integração, porém, não obteve retorno para confirmar a informação. No entanto, Geraldo informou que o prefeito Tião Miranda esteve acessível para conversar, esclarecendo que é necessário aguardar as Eleições 2020 passarem, pois “ela trava alguns contratos, e alguns subsídios não podem ser dados antes delas [as Eleições], mas a promessa verbal foi feita”, garantiu Geraldo.

Mas, vale a pena relembrar que durante a sabatina realizada pelo Grupo Correio com os candidatos à Prefeitura de Marabá, Tião refutou que a única ajuda que pode oferecer para a empresa é devolver o vale-transporte dos servidores para ela [Integração] operar. “O grande salto do transporte será a construção do terminal. Apertarei o empreiteiro para que a obra seja agilizada”, disse Tião na entrevista.

HORÁRIOS, PROPOSTAS, E…

Sobre as constantes reclamações dos usuários sobre o transporte público e seus horários, Geraldo foi franco em reconhecer que com 20 ônibus circulando em Marabá são compreensíveis as queixas. “A quantidade de ônibus não atende todas as 15 rotas que constam no contrato, talvez com 45 poderia melhorar, mas com esse número o usuário ficará prejudicado”, reconhece.

Ao ser perguntado sobre os horários, o presidente do sindicato respondeu que os primeiros ônibus começam a circular a partir das 5h30 e os últimos passam até meia noite.

Outra questão louvável, porém, aparentemente distante, é a criação de novos terminais de integração, que para Geraldo, é necessário. “Eu já dei essa ideia ao prefeito quando começaram a reformar a Praça São Francisco. Essa construção em outros núcleos é bom para o usuário, que só precisará utilizar um único bilhete para circular pelos demais bairros”, exemplifica.

Mas, para executar essa proposta é preciso ter “força de vontade”, que deve partir do gestor municipal para investir no transporte coletivo. Além disso, em alguns planos de governo dos candidatos à Prefeitura, consta a proposta de construção de novos terminais, além de algumas melhorias utópicas na vida do passageiro, mas “nenhum candidato nos procurou para dialogar sobre propostas relativas a mobilidade urbana e transporte público”, finaliza. (Zeus Bandeira)