Em entrevista ao Portal Correio de Carajás o pecuarista Mauro Mutran, revelou que o rastro de prejuízo deixado por bandidos que invadiram a fazenda Mutamba na madrugada deste domingo, 23 de julho, passa de R$ 1 milhão. Cerca de 60 incendiários colocaram fogo em casas, dois tratores, um caminhão basculante, entre outros bens da propriedade e saquearam o que quiseram, deixando o saldo de um vigilante baleado.
Com a voz embargada, Mauro Mutran lamentou que a presença de malfeitores aos redores da fazenda Mutamba tenha sido percebida pelo menos 24 horas antes do ataque. As autoridades da Delegacia de Conflitos Agrários (DECA) foram avisadas, mas não foram ao local para tentar evitar a invasão.
E o pior aconteceu. Na madrugada de sábado para domingo, como em filmes de faroeste, entraram na fazenda por todos os lados, intimidando com tiros, atearam fogo em várias casas e caminhões e balearam um vigilante, que foi trazido a um hospital de Marabá e continua internado.
Leia mais:Em maio deste ano, a Justiça determinou o revigoramento da ordem de reintegração de posse na Fazenda Mutamba. Um grupo que se intitula sem terra estava entrincheirado perto da cerca da propriedade e ameaçava invadir. “Em diversas ocasiões os vaqueiros encontraram gado morto no pasto, possivelmente pelo grupo que estava nos arredores”, conta Mauro Mutran.
O pecuarista disse que tentará marcar uma audiência com o governador do Estado, Simão Jatene, para apresentar a ele um dossiê dos crimes que a fazenda Mutamba vem sofrendo nos últimos anos. “Sempre acreditamos na Justiça. Enfrentamos um longo processo judicial, mas finalmente a propriedade foi declarada produtiva e seus documentos totalmente regulares”, observa Mauro Mutran.
Além de ver os animais que cria serem mortos de forma covarde permanentemente, o pecuarista avalia que nos últimos seis anos em que os ataques foram mais intensos, já foram derrubados mais de mil hectares de reserva legal para roubar madeira.
Segundo informações do delegado Alexandre Silva, da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá, a invasão teria sido uma retaliação após a Justiça ter determinado a retirada do grupo do local.
Os guardas que fazem a segurança da fazenda foram surpreendidos pelo grupo. “Eles não tiveram como reagir porque era muita gente, só deu tempo de salvar as famílias que estavam no local. A intenção não foi ferir ninguém e sim destruir a fazenda”, conta o delegado.
O caso está sendo investigado e peritos estiveram na manhã de domingo na fazenda para averiguar os estragos causados. Até o momento ninguém foi preso.
Ainda no domingo, o Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá (SPRM) emitiu nota sobre o ocorrido na Fazenda Mutamba e atribuiu o ataque a integrantes de movimentos sociais denominados “sem terra” e afirmou que “ocorrências dessa ordem causam enorme desequilíbrio em nossa sociedade, pois seus efeitos vão muito além da ofensa praticada diretamente contra o produtor rural”.
Em outro trecho da nota, o SPRM afirma de forma veemente que o “descumprimento da lei em nosso estado está virando rotina, e a cada novo episódio sem a devida repreensão pelos poderes constituídos, vai promovendo a perda da sensibilidade em relação à ofensa às regras que definem ou deveriam definir o comportamento de cada um de nós”. (Ulisses Pompeu)
Em entrevista ao Portal Correio de Carajás o pecuarista Mauro Mutran, revelou que o rastro de prejuízo deixado por bandidos que invadiram a fazenda Mutamba na madrugada deste domingo, 23 de julho, passa de R$ 1 milhão. Cerca de 60 incendiários colocaram fogo em casas, dois tratores, um caminhão basculante, entre outros bens da propriedade e saquearam o que quiseram, deixando o saldo de um vigilante baleado.
Com a voz embargada, Mauro Mutran lamentou que a presença de malfeitores aos redores da fazenda Mutamba tenha sido percebida pelo menos 24 horas antes do ataque. As autoridades da Delegacia de Conflitos Agrários (DECA) foram avisadas, mas não foram ao local para tentar evitar a invasão.
E o pior aconteceu. Na madrugada de sábado para domingo, como em filmes de faroeste, entraram na fazenda por todos os lados, intimidando com tiros, atearam fogo em várias casas e caminhões e balearam um vigilante, que foi trazido a um hospital de Marabá e continua internado.
Em maio deste ano, a Justiça determinou o revigoramento da ordem de reintegração de posse na Fazenda Mutamba. Um grupo que se intitula sem terra estava entrincheirado perto da cerca da propriedade e ameaçava invadir. “Em diversas ocasiões os vaqueiros encontraram gado morto no pasto, possivelmente pelo grupo que estava nos arredores”, conta Mauro Mutran.
O pecuarista disse que tentará marcar uma audiência com o governador do Estado, Simão Jatene, para apresentar a ele um dossiê dos crimes que a fazenda Mutamba vem sofrendo nos últimos anos. “Sempre acreditamos na Justiça. Enfrentamos um longo processo judicial, mas finalmente a propriedade foi declarada produtiva e seus documentos totalmente regulares”, observa Mauro Mutran.
Além de ver os animais que cria serem mortos de forma covarde permanentemente, o pecuarista avalia que nos últimos seis anos em que os ataques foram mais intensos, já foram derrubados mais de mil hectares de reserva legal para roubar madeira.
Segundo informações do delegado Alexandre Silva, da Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá, a invasão teria sido uma retaliação após a Justiça ter determinado a retirada do grupo do local.
Os guardas que fazem a segurança da fazenda foram surpreendidos pelo grupo. “Eles não tiveram como reagir porque era muita gente, só deu tempo de salvar as famílias que estavam no local. A intenção não foi ferir ninguém e sim destruir a fazenda”, conta o delegado.
O caso está sendo investigado e peritos estiveram na manhã de domingo na fazenda para averiguar os estragos causados. Até o momento ninguém foi preso.
Ainda no domingo, o Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá (SPRM) emitiu nota sobre o ocorrido na Fazenda Mutamba e atribuiu o ataque a integrantes de movimentos sociais denominados “sem terra” e afirmou que “ocorrências dessa ordem causam enorme desequilíbrio em nossa sociedade, pois seus efeitos vão muito além da ofensa praticada diretamente contra o produtor rural”.
Em outro trecho da nota, o SPRM afirma de forma veemente que o “descumprimento da lei em nosso estado está virando rotina, e a cada novo episódio sem a devida repreensão pelos poderes constituídos, vai promovendo a perda da sensibilidade em relação à ofensa às regras que definem ou deveriam definir o comportamento de cada um de nós”. (Ulisses Pompeu)