Correio de Carajás

Mulheres de Parauapebas marcham contra o feminicídio

O Instituto Girassol promoveu, nessa quarta-feira (11), a marcha “Nenhuma a menos, Basta de feminicídio” no Município de Parauapebas, em alusão ao Dia Municipal de Combate ao Feminicídio e Violência Contra a Mulher.

A primeira marcha ocorreu em 11 de maio de 2019, reivindicando justiça pela morte de Dayse Diana Sousa e Silva, ocorrida em 31 de março do mesmo ano, pelo companheiro, o agente de trânsito Diógenes dos Santos Samaritano, em Parauapebas.

Esse caso motivou a criação de um grupo – que iniciou no WhatsApp – por mulheres que moravam no mesmo bairro da vítima, com o objetivo de lutar por justiça para todas as mulheres mortas pelos companheiros.

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Na época, inclusive, o movimento não conseguiu apoio do Poder Público, e seguiu com ajuda da iniciativa privada, como relata Veronilda de Aguiar dos Santos, membro do Fórum Permanente de Mulheres de Marabá.

Veronilda fala sobre a criação do movimento, que acaba de completar 3 anos de existência

No ano da criação do Instituto, o grupo cobrou providências do legislativo, que aprovou a Lei Municipal 4.808/2019, que instituiu o 11 de maio como Dia Municipal de Combate ao Feminicídio e Violência Contra a Mulher.

Sávia Falcão, representando a Ordem de Advogados do Brasil (OAB) no movimento, destaca a importância da instituição do 11 de Maio, e relembra que o Brasil é o 5º no ranking de feminicídio no mundo.

Sávia ressalta a importância da OAB no combate à violência contra a mulher

A advogada também apela para que as mulheres procurem pelos setores da OAB que têm enfoque no direito da mulher – a exemplo da Comissão da Mulher Advogada –, que podem realizar orientações e trazer conhecimento.

O evento iniciou com uma concentração na Praça do Cidadão, na Rua do Comércio, às 16h, e seguiu para a Praça de Eventos, no Bairro Cidade Nova. (Clein Ferreira)