Na manhã desta segunda-feira, 2, o Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou a primeira reunião da campanha de combate ao trabalho infantil, nomeada “Quem dá Esmola, Tira da Escola”. No total, sete representantes de instituições municipais participaram do encontro, incluindo um representante do Ministério Público do Pará (MPPA), em atuação conjunta com o MPT.
Mediada pela procuradora do trabalho, Juliana Mafra, a reunião discutiu com os presentes algumas formas de identificar o trabalho infantil, mapear em quais pontos de Marabá há registros de crianças desempenhando algum tipo de trabalho, além de pensar em ações de divulgação da campanha.
“Essa campanha é necessária, pois há uma dificuldade na conscientização da população. Não se pode dar esmolas e nem comprar produtos que crianças venham a oferecer, como doces, balas, chocolates, etc. Quando você compra um produto de uma criança, você está incentivando que ela permaneça nas ruas vendendo, onde ela estará vulnerável à exploração sexual, além da evasão escolar”, explica a procuradora.
Leia mais:Ela pontuou também que essa campanha divulgará os canais de denúncia do MPT, como o próprio site do órgão. “Nele a população pode enviar fotos e vídeos e explicar uma determinada situação em flagrante que foi presenciada. O MPT irá analisar o caso e tomará as medidas cabíveis para resguardar a criança ou adolescente, que foi submetido ao trabalho infantil”, acrescenta Juliana.
Na reunião, as entidades representadas foram o Conselho Tutelar, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Procuradoria Geral Do Município (PROGEM), Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), Departamento de Postura, Secretaria de Cultura (Secult) e MPPA.
Um novo encontro já está marcado para o dia 17 de abril, onde o MPT se reunirá com a Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (SEASPAC), Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marabá (Ascom), e novamente com o Departamento de Postura. Nesta será solicitado o apoio com materiais gráficos e mídias para a campanha, bem como planejamento de outras ações de divulgação.
A procuradora Juliana adiantou que está prevista também uma reunião com empresários do município. “É importante envolvê-los na campanha, pois os estabelecimentos comerciais são os locais onde mais há registro de crianças que passam vendendo produtos. Além disso, a conscientização dos empresários servirá para divulgar a campanha com distribuição de cartazes para serem colocados em seus estabelecimentos”, finaliza Juliana. (Zeus Bandeira)