Correio de Carajás

MPPA promove palestra para discutir alienação parental com educadores

Em alusão ao Dia Internacional de Enfrentamento à Alienação Parental, celebrado nesta terça-feira (25), o tema foi discutido em Marabá com uma palestra da psicóloga Márcia Andréa Augusto Pereira, em um evento promovido pelo Ministério Público Estadual, no auditório do órgão. A discussão foi voltada a gestores e coordenadores dos núcleos de educação infantil da cidade.

A palestra faz parte de um ciclo de ações desenvolvidas neste ano de 2023 pelas promotoras de Justiça da Infância e Juventude de Marabá, Alexssandra Muniz Mardegan e Jane Cleide Silva Souza, em datas ou semanas alusivas ao enfrentamento de situações de violações de direitos.

A promotoria de Justiça da Infância e Juventude tem desenvolvido diversas ações de enfrentamento – Foto: Evangelista Rocha

A reportagem deste CORREIO esteve presente no evento de hoje e conversou com as promotoras. Segundo Jane Cleide, a alienação parental é uma prática extremamente nefasta que ocorre geralmente no ambiente familiar por um dos pais, gerando uma situação de dano psicológico, com inúmeras consequências negativas na vida da criança e do adolescente. Como consequência ocorrem ansiedade, baixo rendimento escolar, insônia e vários outros comportamentos negativos e prejudiciais aos menores.

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“Então, o nosso propósito com essa palestra é clarificar, alinhar com os agentes da educação infantil, diretores e orientadores educacionais a respeito dessas práticas, como acionar, como identificar, para onde encaminhar e que tipo de comportamento a escola tem que ter perante isso”, diz.

A psicóloga Márcia Pereira explica que alienação parental é um assunto muito complexo – Foto: Evangelista Rocha

A psicóloga Márcia explica que alienação parental é um assunto muito complexo. Por vezes envolve uma mãe que desmoraliza o pai, que é ex-marido, pelo simples fato de ele ter outra companheira, e vice-versa.

“Nessa ocasião, estamos contando para os educadores presentes como é essa abordagem da equipe técnica nas escolas que visitamos, para saber a respeito do comportamento da criança ou adolescente”, expõe, acrescentando que o comportamento do pai ou da mãe que está envolvida já nos processos litigiosos e judiciais também é apresentado como forma de exemplo. (Thays Araujo)