Correio de Carajás

Morte de evangélico é mistério para a PC

Está envolto em mistério o assassinato ocorrido na Folha 33 (Nova Marabá) na tarde do último domingo (16), por volta das 14h. A vítima foi identificada como Leodiniz Rodrigues Araújo, de 43 anos, morto com cinco tiros de pistola 380 na cabeça. O homicídio foi praticado pela temida dupla da moto, que estava em uma XRE.

De acordo com informações repassadas pelo delegado Ivan Pinto da Silva, do Departamento de Homicídios da Polícia Civil em Marabá, a vítima estava em uma Van que faz o trajeto da Vila Cupu até Marabá e nesta cidade ficaria hospedada na casa do sogro do filho, mas mal teve tempo de desembarcar.

Leodiniz Rodrigues desceu da Van e foi até os fundos do veículo, onde pegaria suas malas. Mas nesse momento apareceram dois elementos na moto e o que estava na garupa deu os tiros.

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Para Ivan Silva, este caso tem um componente que dificulta sua solução. É que Leodiniz Rodrigues não tem o perfil das vítimas de assassinato nesta cidade, que é composto geralmente por pessoas envolvidas em algum tipo de criminalidade, como tráfico de drogas e roubo.

“A princípio, a vítima é pessoa de excelente reputação, evangélica e atuante na igreja. Então é um crime de difícil solução,pois a vítima não tem ligação com qualquer ilícito”, reafirma o policial, ao acrescentar, por outro lado, que não acredita que Leodiniz Rodrigues foi assassina do por engano, como chegou a ser especulado.

Ivan Silva entende também que a dupla de pistoleiros não seguiu a Van com a vítima desde a Vila Cupu, pois se fosse assim teria sido mais fácil cometer o crime na estrada, onde há menos policiais. Para ele, os criminosos esperaram a Van chegar àquela casa da Folha 33, pois já sabiam que Leodiniz Rodrigues iria para lá. O delegado também descartou a possibilidade de latrocínio, pois nada foi levado da vítima.

VIÚVA ACREDITA EM ENGANO

A reportagem do Jornal CORREIO tentou conversar coma viúva da vítima, Elizabeth Araújo, a qual confirmou que ela e o marido eram evangélicos e que nunca soube de nada errado que ele tenha feito, por isso acredita que Leodiniz Rodrigues morreu enganado.

Segundo Elizabeth, que estava aos prantos, o casal mora na Vila Cupu há 12 anos e só vêm a Marabá para tratar de negócios, comprar mantimentos, e nos últimos tempos eles vêm para acompanhar o tratamento de saúde de Elizabeth, como foi o caso agora. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)