O jovem Dennis do Nascimento Silva, de 22 anos, morreu no Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, na manhã desta terça (31). Ele estava internado no Hospital Geral de Parauapebas (HGP) desde o dia 28 de abril, onde foi constatada, primeiramente, uma trombose vascular, e foi transferido para Marabá nesta semana.
Ele havia dado entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Parauapebas um dia antes, com fortes dores na perna, que não conseguia movimentar. Depois de diversos exames sem resultados conclusivos, a mãe de Dennis, Sirleide do Nascimento Silva, solicitou, reiteradamente, que o filho fosse levado para Marabá ou Belém.
Com a pressão de uma denúncia no Ministério Público e a piora significativa do quadro de saúde de Dennis, quase um mês depois ele foi encaminhado para o HRSP, onde passou por uma cirurgia onde teve que remover metade do estômago, que já estava muito comprometido – razão pela qual ele estava com o corpo inchado.
Leia mais:No entanto, devido à demora para os procedimentos, ele teve uma parada cardíaca e faleceu às 5h desta terça (31). Sirleide afirma que ainda teve dificuldades com o deslocamento de Dennis para o HRSP, já que o serviço público de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) não custeou as despesas de transporte.
Além disso, Sirleide afirmou que o corpo de Dennis não foi liberado pela administração do HRSP, que afirmou que não prepararia o corpo para o velório, por ser de responsabilidade do HGP; este, por sua vez, comunicou a Sirleide que a responsabilidade seria do Município de Marabá.
Em nota, o HRSP informou que o corpo foi liberado cerca de 1h30 após o falecimento. O atraso, de acordo com a nota, “ocorreu em razão de dificuldades da família com o translado do corpo até Parauapebas, cidade de origem do paciente”, mas “O serviço social do hospital ajudou a família a viabilizar o transporte”.
Por fim, a nota destaca que em casos de óbito na instituição o translado do corpo é de responsabilidade dos familiares ou órgãos de saúde do município de origem, e que “se solidariza com a perda da família e vêm realizando acolhimento humanizado aos familiares, com apoio psicológico e social”.
A equipe do CORREIO tentou entrar em contato com a Prefeitura de Parauapebas para buscar esclarecimentos sobre o caso, mas não obteve respostas. (Clein Ferreira)