Correio de Carajás

Ministério Público é acionado por mãe que acusa médico de negligência

Caso foi denunciado por Sirleide do Nascimento Silva, cujo filho está internado no Hospital Geral de Parauapebas há quase 30 dias

Sirleide do Nascimento Silva acionou o Ministério Público na terça-feira (24), denunciando a negligência de um médico do Hospital de Geral de Parauapebas (HGP) que, segundo ela, se recusou a dar o devido tratamento ao seu filho, Dennis do Nascimento Silva, de 22 anos.

Ela conta que o jovem foi levado na noite do dia 27 de abril à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Município, sentido fortes dores na perna esquerda e sem conseguir movimentá-la. Ao receber o atendimento, ele foi medicado e, após passar a noite na UPA, encaminhado para o HGP, onde realizou um exame ultrassom, que detectou uma trombose vascular.

Comentando sobre o caso do filho com uma conhecida que atua na área da saúde, Sirleide foi orientada a pedir ao médico que realizasse exames nos rins de Denis, onde poderia ser a origem do problema, mas os pedidos foram recusados.

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A situação piorou quando Dennis teve um ataque epilético e foi levado para um tratamento intensivo, onde recebeu medicamentos. Após retornar do tratamento, ele já não conseguia mais levantar da cama e nem falar.

Alguns dias depois, o paciente não conseguia mais se alimentar. Ele foi levado à UTI, onde recebeu uma sonda. Denis foi examinado, sob suspeita de meningite, mas a hipótese foi descartada com o resultado dos exames. Enquanto isso, a mãe insistia no exame dos rins, e foi constatado que Denis estava com uma embolia pulmonar.

A mãe, então, pediu ao médico que encaminhasse o filho para outro hospital, em Marabá, ou até mesmo em Belém, para que ele fosse tratado por um especialista, mas o médico recusou categoricamente. Após exames, foi descoberto que o problema estava, de fato, nos rins, e agora o paciente passará por hemodiálise. A mãe continua insegura sobre o tratamento e quer que o Ministério Público intervenha.

A equipe do CORREIO tentou entrar em contato com a Prefeitura para buscar esclarecimentos sobre o caso, mas não obteve respostas. (Clein Ferreira – com informações de Ronaldo Modesto)