A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou, nesta segunda-feira (3), que vai fornecer 500 milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19 para a Covax, consórcio liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano que vem.
A primeira remessa, de 34 milhões de doses, deve começar a ser distribuída no quarto trimestre deste ano, que começa em outubro, mas o Brasil não está incluído entre os países contemplados
A vacina da Moderna foi aprovada para uso emergencial na sexta-feira (30) pela OMS, o que abriu caminho para que fosse distribuída pela Covax. O consórcio é uma iniciativa liderada pela OMS para garantir um acesso mais igualitário às vacinas contra a Covid por países mais pobres.
Leia mais:O Brasil faz parte da iniciativa e recebeu, neste fim de semana, mais doses adquiridas por meio da Covax.
Segundo a Moderna, o acordo fechado com a Gavi, a aliança global de vacinas que negocia as doses para o consórcio, prevê a entrega das 34 milhões de doses iniciais e, depois, a opção de adquirir as outras 466 milhões. As doses serão oferecidas pelo menor preço da empresa.
Brasil não está incluído
O acordo fechado entre a Moderna e a Gavi prevê o fornecimento de doses para os 92 países considerados de média e baixa renda que fazem parte da Covax. O Brasil não está incluído nesta lista (veja os países integrantes ao final desta reportagem).
A empresa afirmou que está “em discussões para alocar e fornecer [vacinas] para participantes autofinanciados no futuro”. O Brasil aparece na lista da Covax como uma economia com “autofinanciamento potencial”, que reúne 80 países ao todo.
Em meados de abril, a Moderna publicou novos resultados de eficácia da vacina, que apontaram para uma taxa de 90% de eficácia. O índice é um dos mais altos entre as vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas até agora. Assim como a Pfizer, a Moderna usa a tecnologia de RNA mensageiro em sua vacina.
A vacina da Moderna já foi aprovada para uso nos Estados Unidos, na União Europeia e em Israel, além de outros países. A vacina ainda não foi aprovada e não está disponível no Brasil.
Países mais pobres
Baixa renda:
- Afeganistão
- Benin
- Burkina Faso
- Burundi
- República Centro-Africana
- Chade
- República Democrática do Congo
- Eritreia
- Etiópia
- Gâmbia,
- Guiné
- Guiné-Bissau
- Haiti
- Coreia do Norte
- Libéria
- Madagascar
- Malaui
- Mali
- Moçambique
- Nepal
- Níger
- Ruanda
- Serra Leoa
- Somália
- Sudão do Sul
- Síria
- Tadjiquistão
- Tanzânia
- Togo
- Uganda
- Iêmen
Renda média-baixa:
- Angola
- Argélia
- Bangladesh
- Butão
- Bolívia
- Cabo Verde
- Camboja
- Camarões
- Comores
- Congo-Brazaville
- Costa do Marfim
- Djibouti
- Egito
- El Salvador
- Eswatini
- Gana
- Honduras
- Índia
- Indonésia
- Quênia
- Kiribati
- Quirguistão
- Laos
- Lesoto
- Mauritânia
- Estados Federados da Micronésia
- Moldávia
- Mongólia
- Marrocos
- Mianmar
- Nicarágua
- Nigéria
- Paquistão
- Papua Nova Guiné
- Filipinas
- São Tomé e Príncipe
- Senegal
- Ilhas Salomão
- Sri Lanka
- Sudão
- Timor-Leste
- Tunísia
- Ucrânia
- Uzbequistão
- Vanuatu
- Vietnã,
- Gaza e Cisjordânia
- Zâmbia
- Zimbábue
Elegíveis para Associação de Desenvolvimento Internacional do Banco Mundial:
- Dominica
- Fiji
- Grenada
- Guiana
- Kosovo
- Maldivas
- Ilhas Marshall
- Samoa
- Santa Lúcia
- São Vicente e Granadinas
- Tonga
- Tuvalu