O cenário estava favorável dentro de casa: estádio lotado de torcedores, temperatura agradável e até mesmo um segundo tempo com um jogador a mais. Todavia, o Águia não conseguiu aproveitar a oportunidade e acabou sucumbindo diante do Paysandu por 2 a 0, que mostrou-se mortal nos contra-ataques. O jogo aconteceu na tarde deste domingo, no Estádio Zinho Oliveira, em Marabá.
Depois de três anos, o estádio voltou a ficar lotado de torcedores. Mesmo com o jogo entre Flamengo e Vasco transmitido na televisão, válido pela final da Taça Rio. Para o Águia, a partida valia uma vaga nas finais do Campeonato Paraense de 2019 e, ao mesmo tempo, a garantia de participação no Campeonato Brasileiro da Série D e calendário esportivo durante o ano.
O jogo começou brigado, com muitos passes errados em função de o gramado ainda estar molhado por causa da intensa chuva que caíra durante a manhã de domingo. Depois, o Águia chegava mais à defesa adversária, chutava de fora da área, mas o goleiro do Papão pegava todas. O Papão também fez investidas perigosas, mas não converteu.
Leia mais:O cenário parecia melhorar para o Águia no final do primeiro tempo, quando Bruno Oliveira, do Paysandu, foi expulso ao final da primeira etapa ao agredir um jogador do Águia. E de fato o Azulão começou o segundo tempo ligado no 220, atacou, teve várias chances em cruzamentos, escanteios, mas não marcou.
Por outro lado, frio, o Papão da Curuzu se aproveitou de bolas paradas. Na primeira, de escanteio, Victor Oliveira completou para o fundo da rede e levou a torcida bicolor ao delírio no estádio Zinho Oliveira. Na segunda, Nicolas, o melhor jogador em campo durante a partida, antecipou-se ao marcador e cabeceou a bola após cobrança de falta na área.
Nova festa da torcida do Papão e o resto do estádio ficou em silêncio. Em nenhuma das duas João Galvão esboçou reação física ou emocional. Com os braços cruzados estava e com eles permaneceu. Quando o árbitro apitou o fim da partida, ele recolheu-se ao vestiário. A torcida do time da casa começou a ir embora antes mesmo do fim do jogo.
A primeira etapa teve uma partida muito truncada e com poucas oportunidades de gol para a duas equipes. O Paysandu controlou o jogo boa parte do tempo. Com o atacante Paulo Henrique, o Papão ficou muito perto de abrir o placar aos 23 minutos. O atacante acabou desperdiçando. O Águia de Marabá equilibrou o jogo nos 15 minutos finais, explorando principalmente os cruzamentos e chutes de fora da área.
Precisando da vitória a qualquer custo para garantir a vaga na semifinal, o Águia de Marabá voltou para a etapa complementar pressionando o Paysandu de forma intensiva nos primeiros 15 minutos, fazendo o goleiro Mota trabalhar bastante. Enquanto o Papão procurou explorar os contra-ataques, principalmente com a velocidade de Elielton.
O vice-presidente do Águia, Pedro Corrêa, lamentou a desclassificação da equipe e avaliou que o time foi valente o jogo inteiro, mas acabou não dando sorte nas finalizações. “O torcedor sabe do esforço da diretoria e fizemos o que foi possível dentro de nossas limitações orçamentárias”.
Para a semifinal, o Paysandu enfrenta o Galo Elétrico. A primeira partida acontece na quinta-feira (4), às 20h, no Navegantão, em Tucuruí. A partida de volta está programada para segunda-feira (8), às 20h, no estádio da Curuzu, em Belém. (Ulisses Pompeu)
Renda e Público
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