Correio de Carajás

Maurílio e Idelma defendem união na Unifesspa

A nomeação do terceiro colocado na eleição para reitor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) não será motivo para greves ou protestos dentro da instituição. Pelo menos esse é o entendimento de Maurílio de Abreu Monteiro, que era reitor e foi eleito com larga margem de votos, mas não foi nomeado pelo Ministério da Educação (MEC).

Em coletiva de Imprensa, Maurílio e sua então vice-reitora, Idelma Santiago, deixaram claro que o professor Francisco Ribeiro, nomeado para ser o reitor pelos próximos quatro anos, embora não tenha sido escolhido pela comunidade acadêmica, precisa do apoio de todos, porque o momento é de união para fazer a universidade continuar crescendo, até porque o golpe dado contra a universidade – segundo Maurílio – não veio de dentro da instituição, mas de fora.

“Quem deu o golpe não está entre nós; não vamos morder a isca; a Unifesspa vai continuar unida, vigorosa, mas não vamos transmitir pra dentro dessa universidade uma luta visceral… Hoje a força que nós temos que dirigir não está contra os nossos colegas, está sobre aqueles que não querem ver as universidades públicas crescerem”, explica.

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Maurílio Monteiro foi reeleito pela comunidade acadêmica com mais de 84% dos votos, em segundo lugar ficou o professor Fábio Reis com pouco mais de 9% e em terceiro lugar o professor Francisco Ribeiro, que teve algo em torno de 6% dos votos da comunidade acadêmica, mas acabou sendo nomeado pelo MEC numa clara demonstração de desrespeito à autonomia e à vontade da comunidade acadêmica.

Para Maurílio, a escolha do terceiro mais votado (professor Francisco Ribeiro) representou um golpe não apenas contra a universidade, que fez todo o processo de forma legal e organizada, mas foi um golpe contra todas as instituições, que reconheceram o resultado das eleições e pediram ao MEC que respeitasse esse resultado, coisa que o MEC não fez.

A atual vice-reitora, Idelma Santiago, denuncia que o autoritarismo do governo é contra toda sociedade. “Que fique bem compreendido que defender a universidade, defender a democracia que as universidades praticam e defendem é parte da defesa do processo de construção de um país mais justo, portanto o ataque à universidade, nesse momento, está fundamentado numa revanche de classe”, argumenta.

Vale dizer que o professor Francisco Ribeiro já está nomeado e empossado, portanto a entrevista coletiva de hoje marcou o fim da era Maurílio/Idelma como reitores da Unifesspa. Quanto ao nome do vice-reitor para o mandato de Francisco Ribeiro, isso ainda será definido. (Chagas Filho)