Esta semana, o Correio de Carajás foi ao comércio marabaense para realizar uma pesquisa de campo com o intuito de entender como está a variação de preço de itens básicos da lista de material escolar. Foram visitadas três papelarias da cidade, localizadas nos núcleos Nova Marabá e Cidade Nova.
Treze itens foram pesquisados: apontador com depósito, apontador sem depósito, borracha, caderno de uma matéria, caderno de dez matérias, caderno de 15 matérias, caderno de desenho, caneta Bic, corretivo, lápis, lápis de cor, marca texto, tesoura.
Os nomes dos estabelecimentos pesquisados não serão divulgados, mas serão tratados nesta matéria como: Papelaria 1 (P1), Papelaria 2 (P2) e Papelaria 3 (P3).
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VARIAÇÃO PERCENTUAL
Chamou a atenção da reportagem, logo de cara, que o item mais barato da lista é também o que tem o maior percentual de variação de preço entre os três estabelecimentos. O apontador sem depósito, que em dois locais é encontrado custando R$ 0,60 e no terceiro por R$ 1,60, tem um percentual de variação calculado em 166,66% entre a papelaria mais barata e a mais cara.
Por outro lado, o material que teve a menor porcentagem de alteração é o corretivo. Encontrado pelos valores de R$ 6,50, R$ 6,60 e R$ 6,90, sua evolução de preço é de apenas 6,15%.
Na lista elaborada pelo Correio, é possível considerar como “vilão” do custo alto, o caderno de dez matérias, por ser o item de maior valor.
Duas marcas foram pesquisadas nos três estabelecimentos: Tilibra e Foroni. Entre elas, o caderno de dez matérias mais caro custa R$ 78 (na Papelaria 2) e é da marca Tilibra. O mais barato, da mesma marca, é vendido por R$ 62 (na Papelaria 1). Nesse caso, a variação de preço é de 25,80%.
Entre os mais baratos, da marca Foroni, os preços encontrados foram de R$ 34,20, R$ 42,80 e R$ 49,30, nas papelarias 1, 2 e 3, respectivamente. Comparando com a outra marca, a porcentagem de oscilação é bem maior e chega a 44,15%.
A diferença de preços demonstra que a prática de pesquisar o melhor preço é essencial para quem quer manter o mesmo padrão de material, pagando menos.
Mas, ainda que tenha o caderno mais caro, a compra de maior custo não foi realizada na Papelaria 2, mas sim na Papelaria 3. A diferença entre elas, entretanto, é pequena.
Enquanto na P2 o custo total dos 13 materiais foi de R$ 295,5, na P3 o gasto foi R$ 6,30 maior e a compra saiu por R$ 301,80. Mas a campeã do preço baixo é a P1, local onde a soma de todos os itens da lista ficou em R$ 255,85. Uma economia de R$ 45,95.Ela fica localizada no núcleo Nova Marabá.
Apesar de ser “mais barata”, vale observar que a compra na Papelaria 1 pesaria no bolso de algumas famílias marabaenses, pois ela representa 18,11% do salário mínimo, que atualmente é de R$ 1.412.
MESMA MARCA, VALOR DIFERENTE
Para comparar o mesmo produto, mas de marcas diferentes, podemos usar o exemplo do caderno de desenho e do lápis de cor. A análise ressalta que ainda que as marcas sejam iguais, isso significa valores serão iguais nos três estabelecimentos.
A caixa com 12 unidades de lápis de cor, da Compactor, tem uma variação de 20,38% entre o mais caro e o mais barato, em papelarias diferentes. Já os da Faber Castell, também com 12 lápis, a diferença é maior e chega a 41,57%.
No que diz respeito ao caderno de desenho, o da Foroni teve uma variação pequena, de 2,74%. Já no caso da Tilibra a diferença é marcante, sendo de 36,94%.
A discrepância de valores revela a ausência de padronização nos preços praticados no mercado, uma vez que o mesmo produto, da mesma marca, possui uma diferença marcante de valores. Dessa forma, cabe ao consumidor pesquisar em qual local sua compra será mais vantajosa.
Confira a lista completa com valores:
(Luciana Araújo)