Correio de Carajás

Matador de anciã deverá ser transferido em breve

Deve ser transferido nos próximos dias para Marabá, o elemento Gildevan da Conceição Cardoso, de 28 anos, réu confesso do assassinato de Luzia Marques Lima, de 63 anos, com quem ele morava. O crime aconteceu na casa em que moravam, na Folha 28 (Nova Marabá) e Gildevan foi preso na localidade rural denominada de Ilha da Ponta, município de Araguatins (TO). Para o delegado Ivan Pinto da Silva, que investiga o crime, este caso deverá ser tipificado como feminicídio. O assassinato se registrou na noite de 22, o corpo foi encontrado dia 25 e o acusado foi preso no dia 27.

Para a Imprensa, o delegado Ivan, do Departamento de Homicídios, explicou como foram os eventos que colaboraram para a rápida prisão do acusado. Segundo ele, tão logo o corpo da vítima foi encontrado as pessoas mais próximas ao casal perceberam que de Gildevan havia desaparecido.

Delegado Ivan acredita que o assassinato será qualificado como feminicídio

Entre essas pessoas, o policial militar Célio Pinheiro, que mora perto da vítima e a conhece há muitos anos, mandou mensagens de alerta em grupos de WhatsApp, mobilizando policiais do Estado do Maranhão e também do Tocantins, pois esses seriam os dois destinos mais prováveis do acusado.

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Não deu outra, em Araguatins, onde o acusado já morou e é bastante conhecido – por ser uma cidade pequena –, o capitão Abreu, da Polícia Militar, conseguiu informações de que Gildevan havia passado por ali e teria seguido para a localidade chamada de Ilha da Ponta, nas margens do rio Araguaia, a 15 km da cidade. Diante disso, o delegado seguiu até lá e encontrou Gildevan.

O acusado foi levado até a presença do delegado Enio Walcácer de Oliveira Filho, que tomou depoimento e repassou a oitiva para o delegado Ivan Silva. Este, por sua vez, já tinha pedido a preventiva de Gildevan para o juiz plantonista Danilo Alves Fernandes, que deferiu pela segregação cautelar do acusado. Diante disso, o homicida já ficou logo preso em Araguatins e será recambiado para Marabá a qualquer momento.

DEPOIMENTO

No depoimento prestado ao delegado de Araguatins, o acusado disse que na noite do crime não houve briga, nem discussão. Gildevan comentou que não sabe explicar por que cometeu um gesto tão tresloucado. Confessou ter usado uma marretada para cometer o crime, acertando uma única pancada na cabeça da vítima, por trás, sem lhe dar chance de defesa.

Mas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) identificou duas lesões em áreas diferentes da cabeça da anciã, o que leva a crer que o acusado pode ter aplicado outro golpe depois que a mulher caiu no chão.

O acusado, que não tem passagens pela polícia e afirma nunca ter feito uso de substâncias entorpecentes ilegais, admitiu que depois de ter matado a vítima, roubou R$ 700 provenientes do aluguel de quitinetes que Luzia tinha.

O delegado Ivan Pinto da Silva informou ter recebido informações de que o relacionamento de vítima e acusado só se mantinha por interesse financeiro, pois Luzia custeava as despesas de Gildevan, que era bem mais jovem que ela.

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Na coletiva de Imprensa, o delegado Ivan Silva fez questão de destacar que a prisão só ocorreu de forma célere graças ao esforço conjunto das polícias Civil e Militar dos Estados do Pará e Tocantins.

(Chagas Filho)