Na próxima terça-feira, dia 1º de janeiro de 2019, acontece a posse dos mandatários eleitos em outubro passado para liderar o futuro do país e dos estados da federação. Dentre os cargos que passam por mudanças estão a Presidência da República, com Jair Messias Bolsonaro, e os governos dos Estados, a exemplo de Helder Barbalho, que assume no Pará. Nas ruas, procurados a falar sobre o que esperam do próximo ano, muitos marabaenses aliaram suas respostas a essas mudanças políticas, como esperança de dias melhores.
O cabeleireiro e barbeiro Aélio Ferreira acredita que haverá melhoras e espera que ocorram principalmente no âmbito da geração de emprego, para que haja movimento da economia e, consequentemente, do setor em que atua. Esse, inclusive, foi um tema bastante abordado pelos entrevistados.
“Aguardo melhorias para a nossa região pelo governo estadual, para desenvolver mais nossa região, olhar com maior carinho. Acho que vai melhorar o Governo Federal também, com essa mudança grande. Sem grandes expectativas, mas espero que as pessoas tenham mais emprego e que as empresas grandes voltem a funcionar como era antigamente em Marabá”.
Leia mais:Emprego também é o foco do vendedor ambulante Antônio José Rodrigues, que é motorista profissional, mas está desempregado. “Esperamos melhorias, principalmente na área de emprego porque o desemprego está muito alto. Estou vendendo lanche hoje, mas eu sou um profissional, sou motorista de ônibus, de caminhão, há 18 anos. Desde agosto passado estou desempregado”.
Da mesma forma, o mototaxista Gilmar Cantaneide também espera por melhoras neste setor. “Espero que haja melhoria para nosso Brasil em geração de emprego e que venha dinheiro para a cidade porque, senão, não desenvolve nada”.
Conforme ele, está difícil conseguir emprego nesta região e a expectativa é de que novos projetos abram vagas. “Da gestão do Governo Estadual esperamos melhoras por meio das promessas dele já de antes (quando ministro da Integração), principalmente da Orla (muro de arrimo) e também em relação ao Pedral do Lourenção e que deste desenvolvimento também surjam os empregos”.
Ele destaca, ainda, a questão da saúde. “Os hospitais locais também precisam de atenção. Eles hoje têm bom atendimento, mas precisam de mais infraestrutura, nos dois. Há também uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) feita há bastante tempo e que até agora não funciona, esperamos que funcione”.
O instrutor de trânsito Antônio Rodrigues foca nas boas expectativas em relação ao governo de Helder Barbalho. “Acredito que vai haver melhora, nossa expectativa é grande pra isso porque o pais tá falido e nosso estado está abandonado. Na área que trabalho, que atua junto ao Detran (estadual), por exemplo, é uma. Acredito que no Governo Estadual vai haver melhoria com a mudança de governo porque atualmente é difícil para quem é da área, não atende o público, não tem desenvolvimento para nós”.
Ele também cita as obras anunciadas por Barbalho quando ministro. “Com a mudança que venham as obras prometidas, o arrimo, a orla, a derrocagem. Esperamos que traga emprego para o nosso município. Além disso, que o Governo Federal consiga recursos para Marabá e que os políticos locais lutem por isso. Nosso estado é rico não era para estarmos nessa situação em que estamos”, lamenta.
Políticas públicas são prioridade dentre os desejos dos cidadãos
O engenheiro civil Antonio Sampaio cita uma das pautas mais discutidas pelo brasileiro no ano que se encerra: a corrupção. Para ele, seria animador caso o combate aos desvios públicos fosse aprofundado. “A expectativa com essa eleição é que as coisas melhorem em todos os sentidos, inclusive em corrupção que estava assolando nosso país”. O frentista Felipe Barradas espera não se decepcionar com o primeiro voto que depositou na vida, no presidente Bolsonaro.
“Espero que se bote ordem na casa. Apesar de ter votado no Bolsonaro, eu espero que ele faça um país melhor. É a primeira vez e espero que ele não decepcione, que seja honesto por um país melhor”. Para ele, as prioridades são o combate à crise econômica e investimento em políticas públicas. “Que saiamos do zero na questão da educação, por exemplo, um ranking muito baixo em um país muito rico. Estamos passando por problemas por falta de infraestrutura, de planejamento. Se tem população sábia vamos saber administrar o dinheiro, educar os filhos, prevenir saúde”.
A recepcionista Janiele Lago é estudante e também se preocupa com a Educação, apesar de dizer não ter grandes expectativas porque “basicamente político é sempre a mesma coisa, mas a gente sempre tem a esperança de que possa mudar e que cumpram as promessas que prometeram para a gente na época das eleições”.
Para ela, tudo começa a partir da educação que, assinala, está precária. “Espero que invistam nessa área, melhores professores, escola de qualidade, refeições para os alunos de qualidade. Eu vim de escola pública e cheguei a estudar em escolas que não serviam as refeições para os alunos. É inadmissível porque temos recursos para isso e meios para melhorar essas questões”.
O arquiteto Vinicius Abreu diz estar ansioso pelas mudanças prometidas pelos candidatos. “Tudo isso depende diretamente de investimento pesado e sabemos que na esfera municipal não temos esse montante econômico para questões de saneamento, por exemplo, mas vamos torcer para que os governos federais e estadual cumpram com os repasses de verbas e o município possa evoluir”.
Ele diz, ainda, esperar que os deputados estaduais e federais e os senadores intercedam pelos eleitores. “Apesar de estarmos desacreditados com os políticos temos que manter ainda uma fezinha e esperança e fazer nossa parte de cobrar bastante, exigir”. (Luciana Marschall)