O final de semana (19 e 20), no Shopping Partage Marabá, foi repleto de muitas disputas por medalhas na edição do Circuito Paraense BJJ – Etapa Sudeste do Pará de Jiu-Jítsu. O evento é realizado pela Federação Paraense de Lutas Profissionais (FPLP). Foram cerca de 600 atletas em cada dia do evento.
No sábado, foram realizadas as competições infantis, com atletas de 4 a 17 anos. As crianças e adolescentes foram separados em grupos de diferença, de dois em dois anos de idade e separados de acordo com a faixa. O presidente da FPLP, Radamés Fernandez, explica que a etapa de Marabá é a com mais crianças inscritas no circuito.
“É uma das regiões em que fazemos o evento, também uma das mais charmosas, que a gente vem para o shopping, recebe muitas crianças e muito público. É a etapa que tem mais crianças participando de todas. No sábado, realizamos a competição com eles e no domingo com os adultos e máster até 60 anos”, explica.
Leia mais:O secretário de esportes Thyago Ferraz destaca que esse sucesso e crescimento da modalidade na região acontece devido ao incentivo e fomento da modalidade no município. A secretaria fornece tatame, kimono e medalhas para atletas e clubes de jiu-jítsu da cidade.
“O Jiu-jítsu marabaense está bombando. Temos atletas competindo no mundial e isso é muito bom. É fruto do incentivo que tem acontecido na modalidade. Marabá já sediou a Copa Brasil de jiu-jítsu, vem sediando as etapas do paraense e, em novembro, tem a Copa Brasil de jiu-jítsu novamente. Mais competições, mais fomento a modalidade esportiva e incentivo ao crescimento”, conta.
Um dos beneficiados pela modalidade é João Marcos, 11 anos, e Pedro Antônio, 12 anos. Os dois irmãos iniciaram no esporte em 2021 e estão disputando a segunda competição. “Comecei em outubro de 2021 e a experiência está sendo muito boa, participando junto com meu irmão. Segunda vez que participo de uma competição, a outra perdi na estreia, mas sinto que estou cada vez melhor”, ressalta João Marcos.
O presidente da FPLP pela região sudeste e presidente do Avante, uma das maiores escolas de jiu-jítsu da cidade, Reginaldo Coelho destaca a importância dos apoios e do crescimento da modalidade. “É o esporte cada vez mais salvando vidas. Tirando essas crianças da rua e fomentando comércio, educação, saúde. Temos umas 600 crianças competindo aqui hoje e o shopping e a Semel são grandes incentivadores do jiu-jítsu na cidade”, destaca.
A competição teve premiação de 10 mil reais, sendo 5 mil para a equipe campeã, 3 mil para vice e 2 mil para a terceira posição.
Djenifer Thauani, 17 anos, retornou ao jiu-jítsu há 5 anos e destaca todas as oportunidades que o esporte lhe proporciona. “Voltei há 5 anos através de um projeto social. Participava quando era criança, mas acabei deixando de lado. Eu gosto muito de jiu-jítsu. Faz bem para saúde, diversão, faço amizade, consigo viajar para os outros lugares. Dentro da minha condição social são coisas que só o jiu-jítsu pôde me permitir. Já viajei para o campeonato mundial em Fortaleza”, relata a atleta.