Até o final da tarde de ontem, sexta-feira (29), haviam sido registrados quatro assassinatos em Marabá, neste mês de novembro, sendo o último no dia 20, portanto há 10 dias. O número corresponde a 33% da média mensal de assassinatos em Marabá, que gira em torno de 12 homicídios, segundo explicou ontem para a Imprensa o delegado Vinícius Cardoso das Neves, diretor da 21ª Seccional Urbana de Marabá.
Para o delegado, ao analisar os números de maneira técnica, eles são satisfatórios, considerando uma cidade do porte de Marabá e com características que possibilitam a ocorrência de crimes, como migração, desemprego e tráfico de drogas.
Mas, por outro lado, Vinícius Cardoso lamenta as quatro vidas que se foram de forma violenta neste mês de novembro em Marabá. “Lamentavelmente, quatro vidas se foram”, lastima o diretor da 21ª Seccional.
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Perguntado sobre quais seriam as causas dessa considerável redução no número de assassinatos, o delegado atribui o fenômeno a alguns fatores específicos, como o trabalho ostensivo e de prevenção da Polícia Militar, sobretudo por meio das duplas de policiais que andam em motocicletas, pois os veículos de duas rodas permitem mais mobilidade aos militares na busca a criminosos pelas ruas estreitas das periferias onde muitos crimes acontecem.
Além disso, o delegado fez questão de destacar o trabalho investigativo que vem sendo desenvolvido pela Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios, que tem conseguido elucidar muitos crimes e capturar os autores.
“É bom se frisar que em relação a esses quatro homicídios perpetrados no mês de novembro em Marabá, todos já estão em um estágio bem avançado de investigação”, assegura delegado Vinícius Cardoso.
SAIBA MAIS
O último caso de homicídio registrado em Marabá teve como vítima Gilvan Gonçalves dos Reis, de 37 anos, cujo corpo foi encontrado por volta das 16h de ontem em um matagal nas margens da Rodovia BR-155, sentido Marabá-Eldorado do Carajás, a 10 km de Marabá. O cadáver já estava em adiantado estado de putrefação e apresentava perfurações de bala na cabeça. Gilvan estava desaparecido havia alguns dias. (Chagas Filho)