Policiais civis e militares, além de guardas municipais, realizaram a Operação Impactus III na manhã desta sexta-feira (20), no bairro do Amapá. O alvo seria seis traficantes de drogas em quatro bocas de fumo. Mas foram presas três pessoas, duas com drogas e uma com um revólver. Além disso, uma mulher também foi levada como usuária. Para o tamanho da operação, a quantidade der drogas não foi tão grande assim, mas chips de celular apreendidos com os acusados podem levar a polícia a identificar os fornecedores de drogas.
Os presos na operação foram Lucivânia Vieira Nascimento e Itamar dos Santos Ferreira, presos por tráfico de drogas; e Bruno Henrique, preso por porte ilegal de arma de fogo (estava com um revólver). Além disso, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) em desfavor de Jaciane Valadares Ribeiro, por uso de drogas.
Dos três apenas Itamar quis conversar com a Imprensa. Ele negou ser traficante, alega ser pescador e assegura que a droga que foi encontrada na casa dele seria de outra pessoa, mas também não revelou quem seria essa tal pessoa. “Eu tô preso aqui injustamente”, resumiu Itamar, que já foi preso anteriormente por tráfico de drogas.
Leia mais:De acordo com a superintendente regional de Polícia Civil, delegada Simone Felinto, que coordenou a operação, os donos das bocas de fumo trocam o chip do celular para conversar com os fornecedores de drogas, justamente para quando forem presos e os celulares apreendidos, não ficar nenhum rastro que possa levar a polícia à sua fonte de drogas. Mas agora o material será periciado e pode levar a polícia a descobrir quem fornecia a droga para as bocas de fumo naquela área do Amapá.
Chamou atenção da delegada o fato de que a usuária que foi presa estava sem documentos, mas foi achada a cédula de Identidade dela em outra casa, que seria boca de fumo, o que leva a polícia a crer que o documento ficou penhorado pelo traficante em troca de drogas. “Quando o usuário vai lá comprar, muitas vezes, fica o próprio documento”, reafirma.
Outro fato importante nessa operação foi a utilidade do cão farejador da Guarda Municipal, que conseguiu achar uma grande quantidade de drogas que estava enterrada no quintal de uma das casas. Não fosse pelo animal, o entorpecente dificilmente teria sido encontrado.
Ainda segundo a delegada, a polícia desencadeou a operação a partir da denúncia de populares que estavam incomodados com a presença de traficantes na área, porque os usuários já estavam se drogando na rua e também cometendo furtos nas redondezas, tirando o sossego da população. (Chagas Filho)