A cidade de Marabá estava mobilizada para tentar encontrar Joelson Castro Carvalho, 20 anos, comerciário que estava desaparecido desde a noite de quinta (12), quando saiu do trabalho numa loja de materiais elétricos na Folha 28. Na tarde deste sábado (14) o caso teve um triste desfecho com a descoberta do corpo do rapaz numa área de matagal na região conhecida como Fazendinha, atrás do quartel da 23° Brigada do Exército e da Vila Militar. Um adolescente de 17 anos confessou o crime, e afirmou que a motivação foi a rivalidade entre facções.
A equipe do CORREIO acompanhou com exclusividade a incursão da equipe da Polícia Civil ao local onde corpo havia sido desovado no final da tarde de hoje. O acusado foi quem levou os policiais ao lugar exato. Embora a Civil não tenha dado detalhes mais exatos da investigação, a Reportagem apurou que o fator principal foi uma imagem de câmera de segurança de um comércio que mostrou a vítima, Joelson, e o adolescente conversando próximo a uma conveniência na noite de quinta. Foi, provavelmente, a última imagem dele com vida.
Leia mais:Questionado pelo repórter sobre o seu envolvimento, o adolescente disse estar arrependido de ter matado Joelson, mas, que havia “honrado a camisa”, já que segundo ele, seriam de facções rivais. O suspeito alegou que a vítima queria fazer uma “casinha” para ele. “Ele veio até eu, eu matei. Ele queria negociar um celular comigo”.
De acordo com o delegado Márcio Maio, somente a continuação das investigações poderá concluir se de fato Joelson tinha alguma ligação com o mundo do crime e a pretensa rivalidade.
FAMÍLIA
Josias Castro Carvalho, irmão da vítima, compareceu à Seccional de Polícia no final de tarde para as providências, uma vez que o corpo foi encontrado. Josias destaca que a família havia rastreado parte do percurso feito por Joelson depois que saiu do trabalho às 18h30 de quinta-feira.
Segundo ele, o irmão pegou um mototáxi próximo à sede da Unifesspa, na Folha 31, e foi até a Folha 25. Que à altura da Folha 16, devido a um pneu furado, pegou um segundo mototáxi, que o levou a uma conhecida distribuidora na Folha 25. Esse transportador foi quem deu a última notícia sobre o rapaz e de que o mesmo estava com o menor em questão.
Josias afirma que o irmão era muito responsável, sempre trabalhou, nunca faltava ao serviço. Que estava casado e tem um filho de um ano. Também tinha casa própria no Residencial Tiradentes. “Graças a Deus foi encontrado pelo menos o corpo, por que a família estava aflita. Infelizmente sem vida”, disse.
O irmão também negou que Joelson tivesse qualquer envolvimento com o mundo do crime e justificou isso, destacando que o mesmo não tem passagens pela polícia e era conhecido de todos os amigos como alguém trabalhador e ordeiro. Encerrou desejando que a polícia conclua o inquérito e que o assassino pague pelo ato, mesmo sendo menor de idade. (Theíza Cristhine, Josseli Carvalho)