Correio de Carajás

Marabá Pioneira: Após 24 horas, fornecimento de água é restabelecido

Na manhã de hoje, quarta-feira (13), após 24 horas sem ter água chegando às caixas da Marabá Pioneira, moradores começaram a procurar o chafariz instalado no Hospital Materno Infantil para poderem preparar alimentos, se higienizarem e executarem tarefas domésticas. Após um problema técnico, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) reestabeleceu o fornecimento no início da tarde.

Segundo o engenheiro Andrei Meira, a falta da água ocorreu devido problema mecânico da válvula de sucção do flutuante que fica no Rio Tocantins. A equipe, diz, foi acionada na manhã de ontem, terça (12), após o problema ocorrer por volta das 21 horas do dia anterior, segunda (11).

“Assim que a equipe foi acionada foi retirada a válvula e levada para oficina. A primeira manutenção foi sem sucesso porque ela foi instalada de novo e identificamos mais um problema. Tiramos novamente e hoje, às 10h30, entregaram e instalamos. Por volta de meio-dia foi religado o bombeamento”, explicou.

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Segundo ele, nessa época é comum haver muita vegetação na água e moitas acabarem causando estragos no sistema, inclusive entupindo o canal de sucção. “Temos ficado atentos e temos um barqueiro já esperando para a equipe ser encaminhada quando isso ocorre”. Hoje, após a água começar a retornar às torneiras, houve reclamação sobre a coloração do líquido. Acerca disso, o engenheiro afirma já terem sido anunciados investimentos em Marabá, com os quais se pretende solucionar o problema.

FALTA DE ÁGUA

Ainda pela manhã era possível encontrar várias pessoas no chafariz captando água para levar para casa. Eduardo Soares de Sousa, de apenas 10 anos, era o responsável por garantir um pouco de comunidade para a família de quatro pessoas. “Estamos desde ontem sem água, sem banhar, sem nada”, disse.

Antonio de Jesus aproveitou para ganhar uns trocados pegando água e entregando nas residências. “Desde ontem trabalhando aqui, tô parando já, cansado. A Cosanpa não avisa antes, tendo rádio e televisão, tendo tudo, mas não avisa para as pessoas se prepararem”, reclama.

Laércio Silva diz que os filhos faltaram às aulas por conta do problema. “Estamos com 24 horas sem água, desde ontem tô carregando água para conseguir trabalhar. Na falta nunca temos informação, só sabemos quando já tá faltando e temos que dar um jeito como pode pra trabalhar, pra tomar banho. Hoje as crianças não foram para o colégio devido à falta de águia e olha que tem bastante água em Marabá”, ressalta.

Leonardo Chaves Farias afirma que o problema maior é não saber a qualidade da água que acabam pegando no chafariz, proveniente de poço. “Estamos pegando sem saber se é própria pra consumo ou não porque não tem um teste, nada que prove a qualidade, mas é a única forma que temos de ter água em casa”.

Ele também reclamou da falta de comunicação. “A Cosanpa não comunicou nada e nem a água deles sabemos se é ou não própria porque vem suja, barrenta. O estado não faz nada e a gente fica refém, sem saber se é própria ou não e tendo que consumir assim mesmo”, finaliza. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)