Correio de Carajás

Marabá: Ocupações ameaçam áreas de preservação

Na manhã de ontem, sexta-feira (15), uma grande equipe formada por servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e do Departamento de Postura da Prefeitura, com apoio de agentes da Guarda Civil Municipal, desmobilizaram uma ocupação na Folha 35 (Nova Marabá). O local invadido é público e integra uma Área de Proteção Permanente (APP) do Rio Itacaiúnas. Como essa, há outras de preservação que estão em risco.

Responsável pelo Departamento de Postura da Prefeitura de Marabá, Túlio Rosemiro explicou que as áreas de APP são protegidas por leis nas três esferas de governo (municipal, estadual e federal).

Segundo ele, além da desmobilização da invasão de ontem, na Folha 35, que fica por trás de olarias, uma outra área de APP, no bairro Bela Vista (Cidade Nova), também havia sido ocupada, o que mobilizou o mesmo aparato para impedir que a ocupação prosperasse.

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“Nós vamos desocupar todas essas áreas de APP que estiverem invadidas”, advertiu o responsável pelo Departamento de Postura da Prefeitura de Marabá, ao observar que na semana passada foi desmobilizada uma invasão atrás do Terminal Agrorrodoviário Miguel Pernambuco, no Km 6 (Nova Marabá), onde existe uma nascente d’água, que estava sendo desmatada.

Ainda de acordo com Túlio Rosemiro, o município já mapeou oito possíveis ocupações dentro de APPs localizadas no entorno do Rio Itacaiúnas. A intenção do município é manter esses locais preservados e garantir a infraestrutura necessária para isso.

Além disso, Túlio orientou as pessoas sem-teto de Marabá que não invadam áreas de APP abaixo da chamada “Cota 82”, que ficam em bairros como Santa Rosa, Cabelo Seco, Vila do Rato e Amapá, porque “todas essas áreas vão alagar”. (Chagas Filho)

SAIBA MAIS

No ano passado, o superintendente de Desenvolvimento Urbano de Marabá, Mancipor Oliveira Lopes, havia explicado que a prefeitura estuda a possibilidade de criar unidades ambientais em toda a zona de APP urbana do Rio Itacaiúnas. “Aí nós teríamos uma unidade de conservação por conta de lei federal e um parque municipal por conta de lei municipal”, explicou o superintendente na época.