Estudantes, professores, técnicos da educação e militantes de movimentos sociais realizam, neste momento, uma passeata por ruas da Nova Marabá após iniciarem a concentração, às 7h30, em frente ao Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Essa é a segunda mobilização realizada nacionalmente neste mês em defesa da educação e contra os cortes nas universidades, anunciados pelo Ministério da Educação.
“É um ataque generalizado à educação pública e quem está nela é o filho do trabalhador. Nas nossas universidades públicas, do Brasil, 70% é de famílias de baixa renda. O povo está dentro da universidade pública, são os filhos dos trabalhadores, é o filho da doméstica que tem uma visão de que através da educação pode mudar de vida e melhorar a qualidade de vida da sua família”, o professor Rigler Aragão, coordenador geral do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (SindUnifesspa), que participa do ato 30M.
De acordo com ele, defender as instituições públicas de Marabá é lembrar que ela faz parte e é essencial para o desenvolvimento da região. “Atacar a universidade pública é atacar o direito do povo de entrar na universidade, de fazer um curso de medicina, de engenharia, de ser um professor”.
Leia mais:O movimento também é uma manifestação contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal e que tramita atualmente no Congresso. “Um dos poucos direitos que se tem é chegar à velhice e poder descansar só que essa reforma não é pra combater privilégios e sim atacar o direito do trabalhador que ganha um salário mínimo e talvez ganhe menos que isso ao se aposentar, quando ele mais precisa do estado”, comentou.
No último dia 15 foi realizado o primeiro protesto nacional contra os cortes do governo Jair Bolsonaro na educação básica e no ensino superior, com registro de atos em diversas cidades do país. Em resposta, no último domingo (26), apoiadores do presidente também se manifestaram em todo o Brasil, defendendo medidas do governo, como a própria Reforma da Previdência e o pacote anticrime. (Luciana Marschall – com informações de Evangelista Rocha)