Correio de Carajás

Mala da discórdia com R$ 14 mil deixa amigos de farra enrolados com a Justiça

Se há ou não honra entre ladrões é uma questão provavelmente longe de ser respondida e tema de um debate distante de ser finalizado. No entanto, aparentemente, nem entre amigos anda havendo muita consideração e a relação entre os parceiros Leonardo de Souza Nascimento, de 22 anos, e Bruno Jader Neves dos Santos Júnior, de 31 anos, pode ser resumida em outra expressão popular: a ocasião faz o ladrão.

O caso envolvendo os dois – que se conhecem há anos – teve início no último sábado, dia 25, quando Bruno saiu de Altamira e Leonardo de Marabá para seguirem até Araguaína, no Tocantins, onde pretendiam passar um animado final de semana. Na madrugada de domingo, dia 26, porém, o trem da alegria saiu dos trilhos quando Leonardo tentou ser mais esperto que Bruno e ambos acabaram na Delegacia de Polícia Civil, um preso por furto e o outro com todo o dinheiro que carregava apreendido.

Conta a guarnição da Polícia Militar de Xambioá, responsável pela apresentação de Leonardo, ter recebido uma ligação de Bruno, por volta das 2 horas, afirmando que ele e Leonardo estavam hospedados em um hotel no centro da cidade vizinha. Para aproveitarem a noite tocantinense decidiram ir até uma boate, mas Leonardo saiu do local sem falar com o colega e retornou ao apartamento, onde furtou uma mala de Bruno que continha roupas, objetos pessoais e quase R$ 15 mil.

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Bruno acrescentou ter descoberto que Leonardo, sem modéstia, embarcou em um táxi e seguiu em direção à Marabá, onde mora no Bairro Liberdade, Núcleo Cidade Nova. Os policiais militares então montaram uma barreira na entrada de Xambioá e conseguiram abordar um taxista. No interior do veículo, como já esperado, encontraram a mala com as roupas, os objetos e R$ 14.035. De lá, levaram Leonardo de volta à Araguaína, mas desta vez direto para a delegacia.

Perante a Polícia Civil, Leonardo até confessou ter furtado o dinheiro do colega de farra, mas já que estava na chuva resolveu se molhar e garantiu que Bruno não era santo na história. Conforme o relato, o amigo o convidou para ir ao estado vizinho festejar, alegando que teria ganhado certa quantia em dinheiro. Os dois, segundo a versão dele, fretaram um táxi até o Tocantins e se hospedaram no hotel.

Leonardo ainda informou que a vítima do furto não estava poupando dinheiro – chegando a torrar R$ 500 em um salão de beleza – e pagava todas as despesas em dinheiro vivo. Confirmou que os dois foram juntos para a boate e, percebendo que Bruno estava endinheirado, decidiu retornar mais cedo para o hotel e furtar só R$ 1 mil. Acontece que ao abrir a mala descobriu haver muito mais dinheiro que imaginou e saiu carregando tudo, mesmo sem nunca ter tido uma passagem criminal.

Disse, ainda, que Bruno é estelionatário e que arrecadou a quantia apreendida aplicando golpes por redes sociais. A vítima do furto, por sua vez, afirma que os dois foram para o Tocantins com um tio dele e quando estavam na boate o amigo disse que iria ao banheiro, desaparecendo. Algum tempo depois conta ter recebido uma mensagem de Leonardo informando que estava com uma mulher no hotel e que era para Bruno aguardar um tempo antes de retornar. Este, no entanto, desconfiou da história e decidiu checá-la, mas quando chegou no apartamento não achou mais nem Leandro e nem a mala.

Ele confirmou que estava bancando as despesas do outro, mas alegou que havia recebido o valor do pai e que a quantia seria utilizada para comprar uma motocicleta. Nessa brincadeira, Leonardo acabou preso pelo furto e com o futuro nas mãos da justiça tocantinense, enquanto Bruno ficou sem o dinheiro, que foi apreendido pela Polícia Civil.

O responsável pelo inquérito policial não restituiu o dinheiro porque Bruno não apresentou documento de identificação, não conseguiu comprovar a origem da quantia e afirmou estar atualmente desempregado. Além disso, levou em consideração Leonardo ter afirmado que o amigo é estelionatário e, ainda, conversas entre ambos, localizadas no WhatsApp do acusado pelo furto.

A troca de mensagens dá a entender que a vítima leva um estilo de vida elevado e sempre paga as despesas com dinheiro em espécie, mesmo não tendo emprego fixo. A Polícia Civil deverá investigar, agora, a origem desse valor. (Luciana Marschall)

Se há ou não honra entre ladrões é uma questão provavelmente longe de ser respondida e tema de um debate distante de ser finalizado. No entanto, aparentemente, nem entre amigos anda havendo muita consideração e a relação entre os parceiros Leonardo de Souza Nascimento, de 22 anos, e Bruno Jader Neves dos Santos Júnior, de 31 anos, pode ser resumida em outra expressão popular: a ocasião faz o ladrão.

O caso envolvendo os dois – que se conhecem há anos – teve início no último sábado, dia 25, quando Bruno saiu de Altamira e Leonardo de Marabá para seguirem até Araguaína, no Tocantins, onde pretendiam passar um animado final de semana. Na madrugada de domingo, dia 26, porém, o trem da alegria saiu dos trilhos quando Leonardo tentou ser mais esperto que Bruno e ambos acabaram na Delegacia de Polícia Civil, um preso por furto e o outro com todo o dinheiro que carregava apreendido.

Conta a guarnição da Polícia Militar de Xambioá, responsável pela apresentação de Leonardo, ter recebido uma ligação de Bruno, por volta das 2 horas, afirmando que ele e Leonardo estavam hospedados em um hotel no centro da cidade vizinha. Para aproveitarem a noite tocantinense decidiram ir até uma boate, mas Leonardo saiu do local sem falar com o colega e retornou ao apartamento, onde furtou uma mala de Bruno que continha roupas, objetos pessoais e quase R$ 15 mil.

Bruno acrescentou ter descoberto que Leonardo, sem modéstia, embarcou em um táxi e seguiu em direção à Marabá, onde mora no Bairro Liberdade, Núcleo Cidade Nova. Os policiais militares então montaram uma barreira na entrada de Xambioá e conseguiram abordar um taxista. No interior do veículo, como já esperado, encontraram a mala com as roupas, os objetos e R$ 14.035. De lá, levaram Leonardo de volta à Araguaína, mas desta vez direto para a delegacia.

Perante a Polícia Civil, Leonardo até confessou ter furtado o dinheiro do colega de farra, mas já que estava na chuva resolveu se molhar e garantiu que Bruno não era santo na história. Conforme o relato, o amigo o convidou para ir ao estado vizinho festejar, alegando que teria ganhado certa quantia em dinheiro. Os dois, segundo a versão dele, fretaram um táxi até o Tocantins e se hospedaram no hotel.

Leonardo ainda informou que a vítima do furto não estava poupando dinheiro – chegando a torrar R$ 500 em um salão de beleza – e pagava todas as despesas em dinheiro vivo. Confirmou que os dois foram juntos para a boate e, percebendo que Bruno estava endinheirado, decidiu retornar mais cedo para o hotel e furtar só R$ 1 mil. Acontece que ao abrir a mala descobriu haver muito mais dinheiro que imaginou e saiu carregando tudo, mesmo sem nunca ter tido uma passagem criminal.

Disse, ainda, que Bruno é estelionatário e que arrecadou a quantia apreendida aplicando golpes por redes sociais. A vítima do furto, por sua vez, afirma que os dois foram para o Tocantins com um tio dele e quando estavam na boate o amigo disse que iria ao banheiro, desaparecendo. Algum tempo depois conta ter recebido uma mensagem de Leonardo informando que estava com uma mulher no hotel e que era para Bruno aguardar um tempo antes de retornar. Este, no entanto, desconfiou da história e decidiu checá-la, mas quando chegou no apartamento não achou mais nem Leandro e nem a mala.

Ele confirmou que estava bancando as despesas do outro, mas alegou que havia recebido o valor do pai e que a quantia seria utilizada para comprar uma motocicleta. Nessa brincadeira, Leonardo acabou preso pelo furto e com o futuro nas mãos da justiça tocantinense, enquanto Bruno ficou sem o dinheiro, que foi apreendido pela Polícia Civil.

O responsável pelo inquérito policial não restituiu o dinheiro porque Bruno não apresentou documento de identificação, não conseguiu comprovar a origem da quantia e afirmou estar atualmente desempregado. Além disso, levou em consideração Leonardo ter afirmado que o amigo é estelionatário e, ainda, conversas entre ambos, localizadas no WhatsApp do acusado pelo furto.

A troca de mensagens dá a entender que a vítima leva um estilo de vida elevado e sempre paga as despesas com dinheiro em espécie, mesmo não tendo emprego fixo. A Polícia Civil deverá investigar, agora, a origem desse valor. (Luciana Marschall)