A situação no Centro de Internação do Adolescente Masculino (CIAM) em Marabá está beirando a falta de controle já faz tempo, com motins, fugas e agressões a monitores. E no final de semana mais um capítulo dessa história se registrou com uma nova fuga. Felizmente, os fujões foram pegos, mas a qualquer momento outra rebelião pode acontecer.
Neste final de semana, mais precisamente na tarde de domingo (20), segundo relatos da Polícia Militar, alguns adolescentes começaram a fazer uma rebelião, momento em que dois deles se apoderaram de uma cadeira e bateram no rosto de um dos monitores e em seguida fugiram.
Depois da fuga, roubaram uma bicicleta e pedalaram em direção a Morada Nova, que fica a 9 km dali, onde foram descobertos e denunciados, via telefone, para militares do Posto Policial Destacado (PPD), que agiram rápido e apreenderam os dois adolescentes na praça da rotatória do bairro central de Morada Nova.
Leia mais:Ao serem abordados pelos policiais, os adolescentes em conflito com a lei, de 16 e 17 anos, confessaram ter roubado a bicicleta. Eles foram encaminhados para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil para os procedimentos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Mais casos
A julgar pelo que aconteceu, a qualquer momento a Polícia Militar deve ser acionada novamente para correr atrás de menores fujões, pois o histórico dos últimos meses é preocupante.
No dia 27 do mês de passado, oito internos fugiram do CIAM e cinco deles foram recapturados e reconduzidos ao Centro, dois deles ainda em Marabá e três em Nova Ipixuna, dois dias depois. Detalhe: um deles tinha sido apreendido poucos dias antes depois de confessar ter matado uma pessoa.
Antes disso, no dia 19 do mesmo mês, outro adolescente infrator já tinha fugido do CIAM, pulando o muro altíssimo da unidade de Marabá.
No dia 11 de outubro, militares da 1ª Companhia Independente de Missões Especiais (CIME) tiveram de ser chamados às pressas para conter outra rebelião, que destruiu fechaduras das celas e quase ocorre uma tragédia.
Tudo isso, sem contar com os dias 22, 23 e 24, onde os adolescentes promoveram três dias de motim, usando bombas de efeito moral e pondo fim durante 72 horas de muita tensão. (Chagas Filho)