Correio de Carajás

Mais dois são presos por milícia armada em Marabá

Mais dois são presos por milícia armada em Marabá

Mais dois acusados são presos pela Delegacia de Conflitos Agrários (DECA) de Marabá por fazerem parte de uma milícia armada que vem aterrorizando a população da área conhecida por PA Diamante, localizada na Fazenda Beira Rio, zona rural de Marabá, próximo a Itupiranga. Nesta fase da operação foram capturados Reginaldo da Conceição Oliveira e Alerino Rodrigues Amorim, já Marcos Antônio Fachetti Filho está foragido.

A operação recebeu o nome de Igarapé Vermelho e já dura cerca de 80 dias, sendo que nessa fase ela ocorreu das 4h da manhã do dia 12 até 1h da manhã desta quarta-feira (13). Nela as prisões de Reginaldo e Alerino foram oriundas de mandados de prisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de Marabá. Eles são acusados de ameaças, incêndios e alguns delitos tipificados nas leis de crimes ambientais, além de atividades de milícia armada.

Em coletiva de imprensa, o delegado Waney França Alexandre deu detalhes da 2ª fase da operação. (Foto: Chagas Filho)

Segundo o delegado responsável pela operação, Waney França Alexandre, que conversou com a Imprensa na manhã desta quarta, há três inquéritos apurando os conflitos que ocorrem na fazenda. “Essa 2ª fase da operação Igarapé Vermelho é fruto da denúncia dos ribeirinhos sobre a prática dos crimes citados. Durante a 1ª fase eles haviam escapado deixando para trás uma motocicleta e documentos de identidade, facilitando assim que conseguíssemos localizá-los para dar cumprimento ao mandado de prisão”, explica o delegado Waney.

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1ª Fase

Em agosto deste ano, dois acusados foram presos, sendo os irmãos Cleiton Antônio Vieira Ramos e Rogério Antônio Vieira Ramos. Na época, quando as equipes policiais chegaram à Fazenda Beira Rio para apurar as denúncias, foram avistados quatro homens armados que logo empreenderam fuga com as armas em punho.

Os irmãos Antônio e Rogério foram presos, e agora Reginaldo e Alerino. As investigações continuam para localizar Marcos Antônio que fugiu durante a realização da 2ª fase da operação e investigar se há mais pessoas envolvidas. As vítimas haviam denunciado que o dono da fazenda teria contratado os pistoleiros, mas ao prestar depoimento na DECA ele negou ter qualquer tipo de envolvimento com o caso. (Zeus Bandeira)