Há cerca de seis meses o filho de quatro anos de Jaciane Santos Brito convive com coceiras e dores na pele e não consegue atendimento na rede municipal de Saúde. A mãe conta que já passou cinco vezes com a criança Centro de Referência Integrada à Saúde Da Mulher (Crismu) e nada de ter o problema solucionado.
Conforme ela, o menino foi atendido duas vezes por uma clínica geral que não conseguiu identificar o problema. Ela então o encaminhou para atendimento especializado com a dermatologista que atende no posto. Desde então, a criança já foi agendada três vezes, mas em nenhuma delas a médica estava no local.
“Quando chego no primeiro dia, cadê a médica? Fui na regulação para saber por que e informaram não saber porque a doutora não compareceu. Remarcaram para mais dois meses depois. Quando foi no dia me disseram ‘ah, não te ligaram, não? A doutora não veio hoje, ela tá de atestado’. Não colocaram outra pessoa, outro médico, eu creio que existam outros médicos”.
Na terceira vez remarcada para depois de meses, nesta semana, novamente o paciente não foi atendido. “Cheguei no posto e disseram que a doutora estava viajando e não iria chegar a tempo, que não teria como atender. Nessa situação meu filho continua doente, prejudicado”.
Para tentar amenizar a situação, Jaciana está aplicando pomada na região afetada, mas por conta própria. “Estou só passando pomada que eu mesma estou comprando na farmácia e não sabemos nem o que ele tem, com certeza a pomada que estou passando não é pro problema dele porque, se fosse, tinha resolvido”, observa.
Procurada pelo Jornal Correio, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá informou, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a gerência do Crismu já agendou junto à paciente uma nova data para atendimento com o médico especialista. Conforme documentação encaminhada à Redação, a nova consulta foi marcada para o próximo dia 20.
Sobre as faltas de profissionais nos dias agendados anteriormente, a ascom acrescentou que a “diretoria de alta e média complexidade informa que já está providências para que a situação não se repita”. (Luciana Marschall)