Em entrevista exclusiva ao Portal Correio de Carajás, Joana Fernandes dos Santos acusou uma mulher com quem o filho, José Victor Fernandes dos Santos se relacionava, de ter orquestrado o assassinato em 14 de março.
A mãe de José Victor alega que após desentendimento, outro “ficante” da mulher teria se juntado com o cunhado da moça para espancar José Victor. Os nomes dos três foram fornecidos por ela para a Polícia Civil.
Na versão de Joana, os dois homens agrediram violentamente José Victor na casa da acusada por ela, no Bairro Guanabara, na madrugada do domingo, 14 de março. A discussão que desencadeou o espancamento teria girado em torno de compras que José Victor fez no supermercado para a moça e que, segundo Joana, custaram aproximadamente mil reais.
Leia mais:José Victor teria sido deixado na frente da casa da suspeita, quando moradores do Guanabara o avistaram agonizando. Ele foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Hospital Geral de Parauapebas, mas não resistiu e morreu.
Ainda segundo Joana, os responsáveis pela morte do filho o deixaram sem documentos ou celular, fazendo com que José Victor morresse como indigente. A mãe do falecido sabia que o filho estava de plantão durante o domingo e após ele não atender ligações, achou que estava tudo bem.
Apenas na segunda feira (15 de março), quando ela ligou para o ex-chefe de José Victor, foi informada que ele não apareceu no trabalho nem domingo e nem segunda. Foi quando ela começou a procurar em hospitais, fatalmente descobrindo o falecimento do filho.
Joana ainda acusa a mulher de falso testemunho, alegando que a ex-nora teria informado à Polícia não conhecer os dois homens responsáveis pelo espancamento. Declarou, ainda, não ter atendido a ex-sogra, quando esta procurava pela vítima, por se sentir ameaçada por José Victor.
Joana finalizou a entrevista cobrando justiça da Polícia Civil e do Ministério Público: “Já faz 90 dias que perdi meu filho e os responsáveis ainda estão à solta. Eles (polícia e promotoria) já têm todas as provas de quem o matou e de que ela está acobertando os criminosos que mataram meu filho, que não era bandido nenhum. Era trabalhador, pagava suas contas, e mesmo se não fosse, ninguém merece uma morte igual ele teve”, lamenta.
Em contato realizado nesta segunda-feira (14) com a delegada Yanna Azevedo, do Departamento de Homicídios de Parauapebas, esta informou que o caso segue em investigação pela Polícia Civil e que os detalhes estão em sigilo para proteger a integridade do trabalho, mas que um desfecho está próximo. (Juliano Corrêa – com informações de Ronaldo Modesto)