“Obesidade infantil é um problema presente na minha vida desde quando eu era criança”, conta Mirza Bitar Assis, mãe de três filhos na faixa etária dos 7 aos 13 anos. “Infelizmente, meus filhos herdaram esse problema, que foi agravado durante o isolamento social.
Sempre fui uma criança gordinha, cresci obesa, fiz redução de estômago, e não deu certo. Sobre a obesidade infantil, entendo ser responsabilidade do adulto em relação aos filhos, mas, muitas vezes isso foge do nosso controle”, relata a mãe.
Mirza garante ter uma alimentação equilibrada durante a semana. Diz que sua alimentação não é de gordo, não come bolo, sanduíches, mas pondera que no final de semana rola uma pizza, uma macarronada, mas no dia a dia é uma alimentação mais leve. Por ter uma irmã diabética, o consumo de arroz é reduzido e frituras não são permitidas na casa dela.
Leia mais:Mirza revela que durante a quarentena o ganho de peso “está pior”, já que os filhos tiveram a rotina alterada, sem irem à escola, e também sem praticarem exercícios físicos. “Na escola eles não ficam beliscando, mas aqui eles querem ficar. A ansiedade, o emocional com a pandemia fica afetado. Esse é um problema que a gente precisa ter mais seriedade, promover mais debates”.
A endocrinologista Ávila Fagundes cita que 17% das crianças e adolescentes brasileiros estão com obesidade ou sobrepeso. Isso, deve-se ao tempo de exposição exagerado aos eletrônicos, consumo desregrado de alimentos hipercalóricos e ausência de atividade física.
A médica ressalta também que a alimentação familiar tem muito consumo de produtos industrializados, como o suco, refrigerantes, bolo, pizza e salgadinhos. “Devemos oferecer aos nossos pequenos, alimentos saudáveis, naturais, com menos quantidade de açúcar, lembrar de olhar o rótulo dos alimentos”, orienta a especialista.
Por fim, ela defende que atividades físicas são fundamentais para as crianças, que sempre devem ser prazerosas. (Theíza Cristhine – colaboração Núbia Mara)