O CORREIO apurou que apenas na manhã desta segunda-feira (8) é que foram totalmente debeladas as chamas do incêndio de grandes proporções na Folha 28, iniciado por volta das 13h30 de domingo. Foi quando, também, os peritos puderam finalizar o levantamento de dados que vai redundar no laudo da ocorrência. É o documento que vai esclarecer as causas do incêndio que atingiu uma igreja evangélica, dois galpões de empresas e ainda uma residência colada ao complexo. O Corpo de Bombeiros tem 30 dias para finalizar o laudo.
Segundo o capitão BM Pereira, ouvido pelo jornal, o trabalho pericial levou a manhã e o início da tarde. Trata-se de um mesmo prédio que foi dividido para abrigar a igreja, de um lado, e do outro galpões que eram usados como depósitos por duas grandes empresas, uma delas de revenda de materiais elétricos, como cabos de alta tensão e mangueiras industriais.
Já a residência, segundo o oficial, embora fique fora do complexo, foi atingida por ser colada ao prédio. Ali os danos foram menores e não inviabilizam que os ocupantes continuem habitando o local. O mesmo acontece com a igreja, que não corre perigo de desabamento da estrutura de base. Ou seja, caso queira continuar ali, pode retomar suas atividades após reforma.
Leia mais:O mesmo não pode ser dito sobre o depósito logo, atrás, do qual a estrutura de metal do telhado está toda retorcida e as paredes comprometidas.
REMEMORE
Na tarde de domingo, uma enorme coluna de fumaça preta no céu da Nova Marabá dava dimensão do incêndio de grandes proporções que acontecia na Folha 28, à altura da Quadra 35. Rapidamente centenas de curiosos se aglomeraram, assim como os vizinhos do local passaram a temer pela própria segurança.
O fogo se alastrou rapidamente no complexo e foi necessário o trabalho conjunto de grande equipe, envolvendo profissionais do Corpo de Bombeiros, brigadistas, Polícia Militar, Guarda Municipal e até miliares do exército, para tentar controlar o incêndio.
Para combater o fogo, além da mão de obra humana, foram usados um caminhão do Corpo de Bombeiros e um outro emprestado do Aeroporto de Marabá, cuja mangueira tem alta pressão e longo alcance. Outros caminhões tanque estão por ali, ajudando a alimentar com milhares de litros de água os veículos especializados.
IGREJA DESTRUÍDA
A reportagem do CORREIO conversou, ainda no local no domingo, com o pastor Heilor Messias Corado, titular da igreja Casa da Bênção, instituição que funcionava naquele prédio desde 2015. Ele foi avisado sobre o incêndio próximo das 14 horas e foi correndo do seu bairro, o Cidade Jardim, para o local.
Segundo ele, os membros só tiveram tempo de salvar móveis e a aparelhagem de som que estava na parte de baixo. De outro lado, nove centrais de ar de 60 mil BTU´s, acervo de mais de mil livros, computadores, servidor de arquivos, entre outros, foram totalmente destruídos na parte administrativa e salas de aula. “Fora o prejuízo emocional, pois o financeiro a gente corre atrás”, lamentou.
A igreja sediava trabalho esportivo, para o qual tinha um salão ali dentro, além de dezenas de cestas básicas de alimento que seriam distribuídas a pessoas carentes na obra social da instituição.
Um homem que seria dono do depósito no galpão estava nos arredores, mas não aceitou falar com o portal, sequer a confirmar o seu nome e a atividade da empresa.
Segundo o tenente PM Costa, o trabalho das demais forças ali presentes estava concentrado no controle dos curiosos e isolamento da área, para garantir tranquilidade ao Corpo de Bombeiros no controle do incêndio. Ele confirmou que não havia notícia de vítimas, apenas dos prejuízos materiais.
Foi possível ver do lado de fora do galpão que um carro de passeio e um caminhão estão entre os itens queimados dentro de um dos galpões. (Da Redação)