A prisão de Cícero Menezes de Moraes, que era temporária, foi convertida em preventiva na manhã desta sexta-feira (26), em Parauapebas. Ele está preso na Unidade de Custódia e Reinserção do município desde 30 de junho, quando atirou cinco vezes contra uma equipe da Polícia Civil que tentava cumprir o mandado de prisão temporária contra ele. Três disparos atingiram o investigador Abraão Silveira Teixeira, que precisou ser internado na época.
Cícero é investigado pelo assassinato de Juracy Lopes Rodrigues, de 64 anos, ocorrido no dia 19 de abril deste ano, no Bairro União. A vítima estava sentada em um bar, bebendo, quando um homem, que acredita-se ser Cícero, se aproximou em uma moto vermelha, disparou três vezes contra o peito de Juracy e fugiu em seguida.
Na época, algumas testemunhas disseram ao Correio de Carajás que ambos haviam se envolvido em uma discussão, possivelmente motivada por política. As investigações da Polícia Civil apontaram que o caso teve início com uma discussão de bar, mas não foi divulgado o teor da conversa.
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Em julho, a equipe policial que Abraão integrava obteve informações de que Cícero estava trafegando em via pública e saiu em diligência para o cumprimento do mandado, que já havia sido expedido pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas ao longo das investigações sobre o crime.
Os policiais chegaram a ficar de campana próximos à residência do suspeito, que chegou pilotando uma Honda Bros. Ao receber voz de prisão, Cícero iniciou os disparos contra a equipe, que também disparou contra ele.
Com Cícero, foi encontrado um revólver calibre 38 com cinco munições deflagradas e uma intacta.
A moto dele, segundo os policiais, é a mesma utilizada para cometer o homicídio pelo qual ele estava sendo procurado. Cícero chegou a ser encaminhado para atendimento médico e ao receber alta foi autuado em flagrante pela tentativa de homicídio contra o policial.
CONVERSÃO EM PRISÃO PREVENTIVA
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, respondendo pela 2ª Vara Criminal de Parauapebas. Conforme a decisão, a investigação da Polícia Civil apontou que Juracy já estava sendo ameaçado antes de ser morto e que chegou a registrar o fato em um boletim de ocorrência.
No documento, a vítima não informa o nome de quem a estava ameaçando, mas aponta a placa do veículo que o ameaçador utilizava. O veículo está registrado em nome de Cícero.
Além disso, ele teria sido reconhecido como o autor das ameaças por meio de depoimentos de testemunhas e da coleta de imagens do sistema de videomonitoramento do trânsito da cidade.
(Theíza Cristhine, com informações de Ronaldo Modesto e PC)