Correio de Carajás

Justiça mantém prisões de empresários e advogado de Parauapebas

Em audiência de custódia realizada na manhã desta quinta-feira (24), na 2ª Vara Criminal, no Fórum da Comarca de Parauapebas, foram mantidas as prisões dos empresários Mauro de Souza Davi, o Marola, e Eduardo Liebert Araújo dos Santos, e do advogado Antônio Araújo Oliveira, o Toni. Os três foram presos na manhã de quarta (23).

Eles são investigados pela equipe da delegada Ana Carolina Carneiro, titular das delegacias especializadas no Atendimento à Mulher (Deam) e no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), que deflagrou a operação “Book Rosa” após detectar uma rede acusada de praticar crimes de estupro de vulnerável, prostituição de adolescentes, tirar proveito da prostituição alheia e impedimento de adolescente sair da prostituição.

Advogado Antônio Araújo e empresário Mauro Davi, o Marola, estão entre os presos
Mauro de Souza Davi, o Marola, e Antônio Araújo Oliveira, o Toni

Além deles, há mandado de prisão preventiva contra uma pessoa identificada como Fabrício Luan, apontada como intermediadora entre as vítimas e os acusados. Ela não foi localizada e é considerada foragida pela Polícia Civil.

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Eduardo Liebert Araújo dos Santos

Os detalhes da audiência de custódia não foram revelados porque o processo tramita em segredo de justiça, por envolver menores de 18 anos. Ao final da sessão, o Correio de Carajás conversou com os advogados Geovane Gomes e Paulo Henrique Ribeiro da Silva, que representam o colega de profissão, Antônio Araújo Oliveira.

Os dois informaram que pretendem recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará, em Belém, e seguem alegando inocência do cliente. “A investigação ainda está em andamento e no momento certo vamos nos posicionar, mas ele (Antônio) tem plena convicção da inocência dele e acreditamos nisso, baseados nas condutas pregressas deles, é um excelente profissional e bastante conhecido na cidade”, afirmou Paulo Henrique.

Abraunienes Faustino, que representa os dois empresários, afirmou na quarta-feira à reportagem considerar as prisões preventivas exageradas, uma vez que os acusados possuem residência fixa, empresas constituídas e nunca atrapalharam as investigações. Sobre as acusações, por sua vez, disse que os esclarecimentos serão feitos em momento oportuno. (Luciana Marschall – com informações de Ronaldo Modesto)