As células do nosso organismo estão em constante multiplicação para a renovação da pele, glóbulos vermelhos do sangue e até mesmo o tecido ósseo. Porém, quando essa produção celular acontece em volume maior do que o necessário, forma-se um tumor que pode ser benigno ou maligno, dependendo do seu tipo celular. Apesar de raro, essa célula cancerígena pode cair na corrente sanguínea e se alojar nos ossos, formando o câncer ósseo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), no Brasil surgem aproximadamente 2,7 mil novos casos de câncer ósseo por ano. Segundo o Dr. Pedro Péricles, oncologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, ainda que represente apenas 1% dos casos, a doença é perigosa e necessita de diagnóstico e tratamento precoces para aumentar as chances de cura. “O câncer pode se desenvolver diretamente no aparelho locomotor – ossos, músculos, vasos, nervos, articulações – ou por metástase de tumores localizados em outros órgãos como mama, pulmão, próstata, entre outros. Não existem fatores de risco diretamente relacionados ao desenvolvimento da doença. Por isso, a causa ainda é desconhecida”, explica o médico.
Tipos
Leia mais:Os tumores ósseos mais comuns são o Osteossarcoma, Condrossacoma, Sarcoma de Ewing, Lipossarcoma, entre outros. De acordo com o especialista, existem vários tipos sendo que cada um possui características próprias de surgimento pela faixa etária. “Por exemplo, o Sarcoma de Ewing é mais frequente em crianças, o Osteossarcoma nos adolescentes e o Condrossarcoma na fase adulta”, detalha Péricles.
Sintomas
Dor, inchaço, calor local e com o passar do tempo alguma limitação no movimento, podendo até ocorrer fratura decorrente da lesão óssea.
Diagnóstico
O câncer ósseo pode ser diagnosticado através do histórico de vida e exame clínico, e a partir dessas avaliações, são solicitados os exames complementares e específicos. “Os principais são o hemograma para dosagens de cálcio e fósforo e do PSA, e de imagem, como a radiografia, mapeamento ósseo, ressonância magnética e biópsia”, conta o médico.
Tratamentos
A forma de tratar a lesão óssea varia de acordo com a localização do tumor, idade, intensidade do comprometimento do tecido e outros detalhes exclusivos de cada caso. “Os métodos podem incluir apenas um tipo de terapia ou necessitar de associações de cirurgia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Entretanto, as melhores chances de cura estão nos casos de diagnóstico precoce”, finaliza o especialista. (DOL)