Correio de Carajás

Janeiro Branco

      O Janeiro Branco é um movimento social dedicado à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade. O seu objetivo é chamar a atenção dos indivíduos, das instituições, da sociedade e das autoridades para necessidades à Saúde Mental dos Seres Humanos. Pois, a humanidade saudável pressupõe respeito à condição psicológica de todos.

      Nos dias em que nos sentimos perdidos, ansiosos e fora de controle, é um lembrete poderoso de que podemos confiar nosso futuro a Deus, não importa o quão desconhecido e incerto possa ser (Jeremias 29:11). ELE é o consolo que traz alívio à alma ((Salmo 94:19).

      Como janeiro é o primeiro mês do ano, inspira pessoas a fazerem reflexões acerca de suas vidas, das suas relações, dos sentidos que possuem, dos passados que viveram e dos objetivos que desejam alcançar no ano que se inicia. A cor branco foi escolhida por, simbolicamente, representar “folhas ou telas em branco” sobre as quais podemos projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais sonhamos e as quais desejamos concretizar.

Leia mais:

      A rotina tem múltiplas armadilhas e talvez a pior delas seja nos encarcerar na mesmice, não pensar em outras possibilidades, viver porque se está vivo… Assim, a psicopatologia pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. Desse modo, o campo da psicopatologia inclui um grande número de fenômenos humanos associados ao que denominou historicamente doença mental. São vivências, estados mentais e padrões comportamentais descritos sob a forma de sintomas, didaticamente divididos entres a funções psíquicas.

     Segundo Augusto Cury a vida é bela e breve como gotas de orvalho, que por instantes aparecem e logo se dissipam aos primeiros raios solares do tempo. Por ser tão bela e, ao mesmo tempo, tão breve, devemos protegê-la de maneira digna e inteligente. Você sabe protegê-la? Para ele, não estamos formando coletivamente pensadores altruístas que tenham uma mente livre e uma emoção saudável. A educação está formando pessoas doentes para uma sociedade doente…

      Ter um cérebro abarrotado de informações técnicas e não ser equipado minimamente para ter um EU gestor de sua mente, ser autor de sua própria história e filtrar estímulos estressantes é quase que um crime educacional. Pois, uma em cada duas pessoas apresentarão um transtorno psiquiátrico cedo ou tarde ao longo da vida. Oitenta por cento da juventude mundial está apresentando insegurança e timidez. Mais de 1,4 bilhão de seres humanos desenvolverão o último estágio da dor humana, algum tipo de depressão.

      Einstein, Freud, Jung, Piaget, Thomas Edison, Descartes, Kant, Gandhi, Madre Teresa de Caucutá, e tantos outros foram mentes brilhantes. O que eles tiveram em comum? Desenvolveram muito mais do que um raciocínio lógico e uma boa memória. Lapidaram e trabalharam também, inconscientemente, habilidades da inteligência socioemocional, como raciocínio multiangular, notável senso de observação, capacidade de se reinventar, de pensar a médio e longo prazo, de perceber as necessidades dos outros, de trabalhar perdas e frustrações, de reciclar falsas crenças.

      Eles ainda foram generosos, tolerante, ousados, disciplinados, indagadores, carismáticos, empáticos, sonhadores. Todas essas habilidades são fundamentais para o sucesso emocional, social e profissional de um ser humano. Outras habilidades importantíssimas na promoção da saúde psíquica devem ser trabalhadas, como gerenciar a ansiedade, filtrar estímulos estressantes e ser autor da própria história.

      O professor Júlio Verne descobriu “uma lei vital da psiquiatria/psicologia”: uma pessoa só é verdadeiramente feliz quando procura irrigar a felicidade dos outros, quando promove o seu bem-estar. Os individualistas e os egocêntricos são dignos de compaixão, pois desertificaram sua emoção.

* O autor é especialista em cirurgia geral e saúde digestiva.

 

Observação: As opiniões contidas nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do CORREIO DE CARAJÁS.