Os irmãos Marcos Paulo dos Santos Pereira e Márcio Paulo de Brito Pereira foram presos na tarde desta sexta-feira (15), acusados de furtas 221 placas de fixação ferroviária. O material estava disposto ao lado da Estrada de Ferro Carajás (EFC), na altura da Vila Café, zona rural de Marabá. A dupla foi flagrada por agentes de segurança da Mineradora Vale, que pediram apoio de policiais militares da 1ª Companhia Independente de Missões Especiais (CIME).
As placas já estavam na carroceria de uma picape quando foram apreendidas e encaminhadas para a delegacia de Polícia Civil junto com os suspeitos. Na 21ª Seccional Urbana, os dois alegaram que trabalham com venda de açaí.
Eles foram autuados por furto qualificado pelo delegado plantonista José Lênio Duarte e encaminhados a audiência de custódia, no Poder Judiciário, que vai definir se eles ficarão presos ou responderão em liberdade. “Como o furto é qualificado, por concurso de pessoas, não posso arbitrar a fiança”, explicou o delegado.
Leia mais:As placas de fixação de trilhos nos dormentes pesam, cada uma, 7.95 Kg. e o preço de mercado é 50 centavos o quilo. Ou seja, os dois irmãos iriam faturar quase R$ 900 com o furto.
A placa de fixação ferroviária tem a função de unir o trilho do trem ao dormente (peças de madeira ou de aço colocadas transversalmente ao longo da ferrovia) por meio de quatro parafusos e grampos. Essas placas que foram furtadas já haviam sido substituídas por outras novas e seriam vendidas para a sucataria da Sinobras, como acontece com todo material ferroso retirado dos trilhos da EFC. (Chagas Filho e Evangelista Rocha)