Correio de Carajás

Índios kaiapó podem entrar em conflito por causa de nomeação

A revolta dos indígenas Kaiapó chegou até a Tribuna da Câmara de Vereadores de Redenção, onde na sessão ordinária de ontem, quarta-feira (22), a índia OÉ Paiakan Kaipó, que atua como secretária executiva da Distrital Sanitária Especial Indígena (Desei), órgão  responsável pela administração da saúde indígena de 15 municípios da região sul do Pará, disse que a articulação feita por assessores da deputada Júlia Marinho, junto a cinco líderes da Aldeia Gorotire, com a finalidade de garantir a permanência de Lázaro Marinho na função de coordenador, pode provocar uma cisão na nação Kaiapó, fazendo com que os índios partam para um confronto. 

De acordo com a indígena, o ex-vereador Lázaro Marinho conquistou o apoio de apenas cinco lideranças, mas 47 outros líderes das famílias não concordam com a indicação dele ao cargo. O grupo foi até a Casa de Leis solicitar apoio dos vereadores para que estes possam intervir junto à deputada e marcar uma audiência com a parlamentar, pois existe a informação de que um grupo de índios da Aldeia Gorotire, de Cumaru do Norte, está se preparando para se deslocar à Redenção “decidir a questão”, o pode causar um confronto com os índios que são contrários à nomeação.

‘’Nós viemos aqui solicitar o apoio desta casa no sentido de nos ajudar a evitar um conflito entre a família Kaiapó, pois não aceitamos a indicação da deputada Julia Marinho para administrar a nossa saúde. Uma coisa é certa. O Lázaro Marinho não vai sentar na cadeira de coordenador da DESEI’’, disse OÉ Paiakan. 

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Enquanto a filha do cacique Paiakan falava na tribuna, um grupo de caciques assistiam ao discurso na Plenária e concordavam com as palavras proferidas pela representante. O presidente da Casa de Leis, vereador Leonardo da Saúde, se comprometeu a tentar marcar uma reunião com a deputada e os líderes indígenas.

Desde do último dia 27 de outubro, quando foi publicada a nomeação de Lázaro Marinho para a coordenação da saúde indígena, os índios ocuparam o prédio da Desei e garantem que só saem se a deputada federal voltar atrás da decisão. (Dinho Santos)

 

 

A revolta dos indígenas Kaiapó chegou até a Tribuna da Câmara de Vereadores de Redenção, onde na sessão ordinária de ontem, quarta-feira (22), a índia OÉ Paiakan Kaipó, que atua como secretária executiva da Distrital Sanitária Especial Indígena (Desei), órgão  responsável pela administração da saúde indígena de 15 municípios da região sul do Pará, disse que a articulação feita por assessores da deputada Júlia Marinho, junto a cinco líderes da Aldeia Gorotire, com a finalidade de garantir a permanência de Lázaro Marinho na função de coordenador, pode provocar uma cisão na nação Kaiapó, fazendo com que os índios partam para um confronto. 

De acordo com a indígena, o ex-vereador Lázaro Marinho conquistou o apoio de apenas cinco lideranças, mas 47 outros líderes das famílias não concordam com a indicação dele ao cargo. O grupo foi até a Casa de Leis solicitar apoio dos vereadores para que estes possam intervir junto à deputada e marcar uma audiência com a parlamentar, pois existe a informação de que um grupo de índios da Aldeia Gorotire, de Cumaru do Norte, está se preparando para se deslocar à Redenção “decidir a questão”, o pode causar um confronto com os índios que são contrários à nomeação.

‘’Nós viemos aqui solicitar o apoio desta casa no sentido de nos ajudar a evitar um conflito entre a família Kaiapó, pois não aceitamos a indicação da deputada Julia Marinho para administrar a nossa saúde. Uma coisa é certa. O Lázaro Marinho não vai sentar na cadeira de coordenador da DESEI’’, disse OÉ Paiakan. 

Enquanto a filha do cacique Paiakan falava na tribuna, um grupo de caciques assistiam ao discurso na Plenária e concordavam com as palavras proferidas pela representante. O presidente da Casa de Leis, vereador Leonardo da Saúde, se comprometeu a tentar marcar uma reunião com a deputada e os líderes indígenas.

Desde do último dia 27 de outubro, quando foi publicada a nomeação de Lázaro Marinho para a coordenação da saúde indígena, os índios ocuparam o prédio da Desei e garantem que só saem se a deputada federal voltar atrás da decisão. (Dinho Santos)