O juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal de Marabá, indeferiu o requerimento de prisão domiciliar em favor de José Viera Matos, um dos acusados de envolvimento na morte de quatro pessoas, em uma fazenda de Ourilândia do Norte, a 363 quilômetros de Marabá, em 2015. Dentre as vítimas está Jadson Michel Pesconi – filho de Aparecido Pesconi, ex-prefeito da cidade.
De acordo com a decisão judicial, desta semana, o diretor da casa penal onde o acusado José Viera Matos está custodiado, em Marabá, informou que ele se encontra gravemente enfermo e que a unidade penal não dispõe de meios adequados para aprestar assistência médica, pedindo a prisão domiciliar.
A direção da casa penal encaminhou cópia de laudo médico e o Ministério Público entendeu por bem não opinar, uma vez que o pedido não foi feito pela defesa de José Vieira, além de não terem sido juntados exames médicos que comprovassem a enfermidade.
Leia mais:Para o magistrado, apenas o laudo, sem cópias dos exames, também não é suficiente. O pedido foi indeferido por hora e o magistrado solicitou que seja apresentado exame médico capaz de demonstrar o estado de saúde do réu para reanálise da situação.
José Vieira de Mattos, César Duarte Santiago e Osvaldo Antônio de Oliveira terão quase dois meses a mais para se prepararem antes de sentarem no banco dos réus do Tribunal do Júri da Comarca de Marabá.
CASO
Além de José Vieira, respondem pelo crime César Duarte Santiago e Osvaldo Antônio de Oliveira, pelas mortes de Jadson Pesconi e de Manoel de Paulo Ribeiro Filho, veterinário da Agência de Defesa da Agropecuária do Pará (Adepará) e dos vaqueiros Samuel Santos Oliveira e Josué Francisco Assis Souza.
O julgamento dos três está agendado para daqui uma semana, dia 16 (quinta), já tendo sido adiado duas vezes. Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, José Vieira teria planejado sequestrar Jadson Pesconi após receber a informação de que a vítima receberia R$ 2 milhões referentes a um financiamento bancário. Na fazenda, as quatro vítimas foram assassinadas após a tentativa de sequestro não sair como o esperado.
Inicialmente tramitando na Comarca de Ourilândia do Norte, em decorrência da comoção local e da repercussão do crime, o caso foi desaforado no ano passado para a Comarca de Marabá. (Luciana Marschall)