Correio de Carajás

Incêndio quase resulta em tragédia em Marabá

Na noite de 2 de julho, por volta das 23 horas, um incêndio se registrou em uma casa localizada entre a Travessa Antônio Pimentel e a Avenida Pará, na Velha Marabá. Ingredientes não faltaram para que ocorresse uma tragédia, mas a proatividade dos vizinhos e a ligeireza do Corpo de Bombeiros resumiram o resultado do sinistro a prejuízos materiais, sem perda de vidas ou pessoas feridas.

O primeiro ingrediente para ocorrer uma tragédia é o fato de que na casa incendiada morava apenas um ancião, que dormia em sono profundo, enquanto as chamas consumiam o imóvel. Além disso, a casa é ligada a outras e existe muito madeiramento entre elas. Mas o pior de tudo é que no local funcionava um depósito de botijões de gás. Foi por pouco.

Chamas avançaram sobre a casa e a situação não piorou graças a ação de vizinhos e dos bombeiros/Foto: Divulgação

Ouvida pela reportagem do Correio de Carajás, Erika Moreira Gomes, vizinha da casa incendiada, conta que estava em casa, cuidando de seus afazeres domésticos, quando escutou gritos da vizinhança e avisou a seu marido que algo estava errado.

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Eles saíram na rua e viram as chamas fortes na casa do vizinho. O fogo consumia parte da cozinha e de uma área nos fundos, que faz limite com o depósito de botijões de gás. Os habitantes da área gritaram bastante, mas o ancião morador da casa estava nos braços de Morfeu (deus grego dos sonhos).

Movidos pela coragem do desespero, os vizinhos arrombaram a porta e tiraram o idoso “na unha”, ao mesmo tempo em que outros telefonavam para o Corpo de Bombeiros, que agiu rápido. “Não foi nem três minutos os bombeiros chegaram”, resume Erika.

Érika Gomes critica existência de depósito de gás perto das casas

Perguntada sobre o que pode ter motivado o incêndio, Erika Moreira Gomes diz acreditar em curto-circuito no sistema elétrico. Mas a preocupação maior dela não é a causa e sim o efeito, pois ela entende que um depósito de botijões de gás não pode, de jeito nenhum, funcionar em locais fechados e, ainda por cima, perto de residências. Com a palavra as autoridades competentes. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)