Às 9h da manhã desta sexta-feira (3) deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) de Marabá o corpo de um homem vindo do município de São Félix do Xingu. O cadáver foi identificado pelo corpo, pelas roupas e por uma tatuagem, mas toda a pele e parte da carne do rosto estavam arrancados, assim como os olhos. Trata-se de Jondione Castro Silva, de 29 anos.
Diante disso, o IML colheu material genético de supostos familiares do morto para comparar com material do corpo em um exame de DNA, que será realizado no Laboratório de Genética Forense do Centro de Perícias Científicas (CPC) “Renato Chaves”, em Belém, e o resultado deve sair em 15 dias.
O cadáver veio da região das ilhas e inicialmente suspeitava-se de que se tratava de um afogamento, mas devido à enucleação de olhos (teve os olhos arrancados) e também a desfiguração no rosto, com possível sinal de violência, a situação mudou de figura e o caso passou a ser investigado como suspeita de homicídio.
Leia mais:A reportagem apurou que a vítima saiu para beber com duas pessoas na noite anterior e supostamente teria morrido afogada. Mas, como ele foi encontrado logo no dia seguinte, uma fonte do IML diz que não houve tempo para que os peixes tivessem desfigurado do rosto dele. “A enucleação total dos olhos também é indicio de que não foi peixe”, resumiu a fonte.
Durante toda o dia de ontem reportagem do CORREIO contato com a delegacia de São Félix do Xingu para obter mais informações a respeito do caso, mas não conseguiu. (Chagas Filho)