Correio de Carajás

Ideflor-Bio incentiva preservação do boto-cinza na APA Algodoal-Maiandeua

Unidade de Conservação em Maracanã, no nordeste paraense, abriga diversas espécies de animais que precisam de proteção

A conscientização na infância é essencial para garantir a biodiversidade para futuras gerações/Foto: Divulgação

A fauna paraense tem inúmeras espécies, algumas peculiares, o que torna fundamental a preservação desses animais para manutenção dos ecossistemas. Garantir a continuidade dessa riqueza biológica é prioridade para o Governo do Pará, que atua por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).

No último final de semana, técnicos da Diretoria de Gestão da Biodiversidade (DGBio) e da Diretoria de Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação (DGMUC) promoveram atividades de educação ambiental visando à permanência dos botos-cinza (Sotalia guianensis) na Área de Proteção Ambiental (APA) Algodoal-Maiandeua, em Maracanã, município do nordeste paraense.

O objetivo da ação foi conscientizar e informar visitantes e moradores da Unidade de Conservação (UC) de Uso Sustentável sobre a importância de proteger esses mamíferos. Desde 2021, esta atividade é uma das metas do Projeto de Monitoramento e Captura Acidental do Boto-Cinza, coordenado pela Gerência de Biodiversidade (GBio).

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Adultos também participam da programação realizada pelo Ideflor
Adultos também participam da programação realizada pelo Ideflor/Foto: Divulgação

A equipe entregou cartilhas educativas sobre a fauna aquática do Pará, com o tema “Vamos invadir sua praia: boto-cinza”. O material foi elaborado a partir de informações biológicas fornecidas pelo projeto, com recomendações para assegurar a conservação do boto-cinza, além de desenhos para colorir e palavras-cruzadas sobre a espécie.

 

Conservação – Segundo a titular da GBio, Mônica Furtado, a programação enfatizou a importância de a sociedade não poluir as praias da APA. “Precisamos de praias limpas, para resultar em ambientes marinhos conservados e protegidos. Tudo isso favorece com que o boto-cinza encontre seu habitat preservado”, informou.

De acordo com o gerente da Região Administrativa do Nordeste, Francisco Nascimento, “o trabalho de conscientização e preservação dos botos-cinza no litoral paraense deve ser fomentado em todas as idades. Os mais novos são educados, enquanto que aqueles com mais idades são conscientizados sobre a importância dessa espécie marinha. Portanto, é lindo ver que as ações desenvolvidas hoje, serão frutos colhidos em gerações futuras”.

Crianças aproveitam as atividades educativas na área de proteção
Crianças aproveitam as atividades educativas na área de proteção/Foto: Divulgação

 

Patrimônio cultural e turístico – A fauna paraense também possui relevância cultural e turística, atraindo visitantes de vários países, interessados em observar animais únicos e raros. A preservação dessas espécies contribui para a valorização da cultura local e a geração de renda com o ecoturismo responsável.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou que o Instituto tem um papel crucial na conscientização e implementação de ações voltadas à preservação dos animais no território paraense. “A proteção da fauna é uma responsabilidade compartilhada por toda a sociedade. Somente através de um esforço conjunto será possível garantir um futuro sustentável, onde a riqueza natural e a biodiversidade sejam preservadas para as próximas gerações”, disse Nilson Pinto.

(Agência Pará)