Correio de Carajás

Ideflor-bio implantou 41 viveiros de mudas em municípios paraenses em 2018

Mais de 40 novos viveiros de mudas foram instalados em municípios paraenses em 2018. Eles tem capacidade de produção de mais de 800 mil mudas, atendendo diretamente 600 famílias. Esses viveiros integram os Projetos de Produção e Restauração Florestal coordenados estrategicamente pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), para recomposição de áreas alteradas ao longo do território estadual.

A recomposição florestal, incentivada pelo Ideflor-bio, se dá, prioritariamente, pela implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) Comerciais em unidades produtivas familiares, em diversas comunidades no Estado. Os SAFs Comerciais são sistemas alternativos de produção, que mais se assemelham a pequenas florestas plantadas, possibilitando a recuperação da capacidade produtiva do solo associada à diminuição do passivo ambiental das propriedades rurais.

Além da recomposição florestal da área, os SAFs também propiciam diversificação da produção (segurança alimentar) e o consequente incremento de renda para a família do agricultor, a partir do fornecimento de matéria-prima para as indústrias da região. Nos sistemas, é possível cultivar, simultaneamente, espécies alimentares, frutíferas, industriais e arbóreas por meio das mudas que são produzidas nos viveiros.

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Os projetos contam com dois tipos de viveiros: institucionais, montados em organismos parceiras de ensino, pesquisa, extensão, fomento e de assistência técnica; e comunitários, instalados em comunidades ou assentamentos rurais. Todos os produtos, equipamentos e insumos, utilizados na implantação das estruturas, são adquiridos pelo Ideflor-bio e cedidos às instituições, associações, cooperativas e sindicatos rurais parceiros, por meio de instrumentos normativos apropriados.

O Ideflor-bio fornece ainda, fomento de preparo de solo mecanizado em parcelas de 1 hectare por lote, para a implantação dos SAFs,  além de sementes e mudas de reconhecida qualidade e produtos em geral. Todos os viveiros estão em pleno funcionamento, beneficiando diretamente centenas de famílias de agricultores paraenses.

Capacitação – As instalações dos viveiros são seguidas de capacitações para os agricultores. Os cursos são realizadas pelo Ideflor-bio com o apoio de instituições parceiras federais, estaduais e municipais, como a Embrapa, Emater/PA e Secretarias Municipais de Agricultura.

Os beneficiários já receberam cursos práticos de “Técnicas de Produção de Mudas”, “Formulação de Substrato”, capacitações em “Implantação de SAFs Comerciais”, “Marcação de Arranjo em Campo” e “Dias de Campo de Mecanização Agrícola”. As capacitações visam qualificar e orientar os agricultores em todas as fases dos projetos.

Em 2018, os viveiros produziram mais de 1,7 milhões de mudas, as quais já estão sendo em SAFs desde dezembro do ano passado. A fase de plantio das mudas deve perdurar até meados de fevereiro, obedecendo ao calendário agrícola de cada região. Para 2019, está prevista a instalação de cinco novas estruturas nos municípios de Cachoeira do Piriá, Conceição do Araguaia, Castanhal e Belém.

Projeto – Os Projetos de recomposição florestal são executados pela Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DDF) do Ideflor-bio e pelos Escritórios Regionais do Instituto em Santarém, Altamira, Marabá e Monte Alegre. Com início em 2011, já foram instalados 197 viveiros nos últimos sete anos, em 71 municípios de várias regiões do Estado, com a capacidade de produção estimada em mais de 3,5 milhões de mudas.

Segundo a equipe técnica da DDF, os projetos são pioneiros e possibilitam a inserção da agricultura familiar na economia florestal de base sustentável. A equipe avalia a atuação e os resultados alcançados de forma positiva. Com o objetivo principal de estimular a adoção de técnicas sustentáveis de produção, os projetos contribuem com a diversidade alimentar, aumento na geração de renda e diminuição do passivo ambiental de famílias de agricultores. “Assim compatibilizamos desenvolvimento e conservação do meio ambiente, missão precípua da instituição”, afirma a equipe. (Agência Pará)